Mundo

China apoia admissão da Palestina como Estado na ONU

O governo chinês defende a criação de um Estado palestino com as fronteiras do ano 1967 e com Jerusalém Oriental como capital


	O porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei: "é um direito legítimo do povo palestino o estabelecimento de um Estado com plena soberania e independência"
 (Frederic J. Brown/AFP)

O porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei: "é um direito legítimo do povo palestino o estabelecimento de um Estado com plena soberania e independência" (Frederic J. Brown/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 07h52.

Pequim - As autoridades chinesas reiteraram nesta quinta-feira sua vontade de que a Palestina ingresse como membro observador nas Nações Unidas e consideram que a fundação de dois Estados na zona significaria "a solução do conflito".

Assim se expressou em sua entrevista coletiva diária o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, que defendeu a criação de um Estado palestino com as fronteiras do ano 1967 e com Jerusalém Oriental como capital.

"Entendemos, respeitamos e apoiamos o objetivo palestino de se transformar em um Estado observador da ONU", destacou o porta-voz, acrescentando que "é um direito legítimo do povo palestino o estabelecimento de um Estado com plena soberania e independência".

Hong pediu que ambas as partesresolvam o conflito "através do diálogo e da negociação" já que, segundo sua opinião, é "a melhor via para conseguir a criação dos dois Estados".

A Assembleia Geral da ONU votará hoje uma resolução que procura o reconhecimento da Palestina como Estado observador, que previsivelmente contará com um apoio majoritário e ao que se opõem Israel e Estados Unidos.

A resolução tem o apoio de alguns países da União Europeia, com a França e Espanha à frente, enquanto o Reino Unido e a Alemanha confirmaram que se absterão.

Os palestinos, que já falam em um dia "histórico" para seu povo, dizem também contar com apoio de praticamente toda a América Latina, incluindo o Brasil, a Argentina, Cuba e a Venezuela, enquanto Panamá, Colômbia e Guatemala continuam sem se pronunciar.

Se o novo status se confirmar, a Palestina teria acesso a várias agências do sistema das Nações Unidas, como já ocorreu no ano passado com a Unesco, e a tribunais internacionais como a Tribunal Penal Internacional (TPI). 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaConflito árabe-israelenseONUPalestina

Mais de Mundo

China impõe limite de seis meses a exportações de terras raras para os EUA em acordo comercial

Acidente de avião na Índia não deixa sobreviventes, diz mídia local

Trump divulga site oficial para oferecer vistos de residência nos EUA por US$ 5 milhões

Avião com 242 passageiros cai durante decolagem na Índia