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China critica acusações de ciberataque dos EUA

"Vemos que os Estados Unidos adotam desde agora uma presunção de culpa em vez de uma presunção de inocência", diz porta-voz do governo chinês


	O diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, declarou que a "China continuava sendo o principal suspeito" do ciberataque
 (JIM WATSON/AFP)

O diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, declarou que a "China continuava sendo o principal suspeito" do ciberataque (JIM WATSON/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2015 às 12h50.

Pequim - Pequim classificou nesta sexta-feira de logicamente absurdas as declarações de funcionários americanos do alto escalão que consideram a China a principal suspeita dos recentes ciberataques envolvendo dados pessoais de milhões de funcionários federais.

O diretor americano de inteligência, James Clapper, declarou que a "China continuava sendo o principal suspeito" deste ciberataque de grande importância, "mesmo que o governo dos Estados Unidos ainda esteja investigando", indicou na quinta-feira um porta-voz da administração.

"Somos conscientes de que os Estados Unidos continuam com sua investigação, mas permanece a impressão de que a China é responsável. Tudo isso é logicamente absurdo", reagiu Lu Kang, porta-voz da diplomacia chinesa, durante uma coletiva de imprensa.

"Vemos que os Estados Unidos adotam desde agora uma presunção de culpa em vez de uma presunção de inocência", mesmo antes de terminar suas investigações, acrescentou.

No início de junho, o governo americano denunciou o roubo de dados pessoais de quatro milhões de empregados federais.

Fontes do governo americano sob anonimato atribuíram rapidamente à China este ataque.

A ação de hackers foi um dos temas enfatizados pela administração americana durante uma cúpula entre as duas potências mundiais nesta semana em Washington.

Esta questão envenena há tempos as relações diplomáticas entre os dois países.

Em maio de 2014, cinco militares chineses foram acusados nos Estados Unidos de "pirataria informática" e "espionagem econômica", o que gerou fortes protestos de Pequim.

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