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China e EUA assinam acordo para aliviar guerra comercial; exportação de terras raras é liberada

Secretário de Comércio dos EUA confirmou fim de restrições dos EUA, enquanto a China voltará a exportar terras raras

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 27 de junho de 2025 às 06h24.

A China e os Estados Unidos firmaram, no início desta semana, o acordo que havia sido discutido em maio, durante encontros em Genebra. A negociação entre os dois países pode marcar o primeiro passo para o fim das tensões comerciais. 

Nesta sexta-feira, 27, o Ministério do Comércio chinês confirmou que Pequim deve voltar a liberar exportações de "itens controlados" a Washington, enquanto Donald Trump prometeu retirar uma série de medidas restritivas impostas ao país asiático. O órgão chinês afirmou que “analisará e aprovará pedidos de exportação elegíveis de itens controlados de acordo com a lei”, segundo informações divulgadas pela agência estatal Xinhua e publicada pelo The Wall Street Journal.

A confirmação de Pequim acontece após a Casa Branca confirmar que o acordo entre os dois países, firmado originalmente em maio durante encontros em Genebra, foi finalmente assinado no início desta semana. 

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou em entrevista à Bloomberg que o entendimento prevê, entre outros pontos, o fornecimento de terras raras pela China, utilizadas em produtos que vão de turbinas eólicas a aviões a jato.

“Eles vão nos fornecer terras raras e, quando isso acontecer, vamos retirar nossas contramedidas”, declarou Lutnick à Bloomberg

O acordo pode marcar o fim das tensões comerciais entre os dois países, que se agravaram após mútuas acusações de violação do tratado. Apesar de Pequim ter prometido eliminar, anteriormente, medidas não tarifárias após diversas rodadas de negociações com Washington, algumas empresas continuaram relatando interrupções nos embarques de terras raras, insumos cruciais para setores como tecnologia e defesa, o que impacta diretamente as cadeias globais de suprimento.

Enquanto isso, a China acusou os EUA de restringir a exportação americana de chips utilizados em data centers de inteligência artificial. “O governo americano, sem qualquer base factual, caluniou a China, impôs controles de exportação de chips, suspendeu a venda de softwares de design e cancelou vistos de estudantes chineses - medidas extremas que minam o acordo de Genebra e os direitos legítimos da China”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, no dia 3 de junho.

 Lutnick revelou ainda que o presidente Trump pretende concluir uma série de acordos comerciais com até dez grandes parceiros comerciais nas próximas semanas, dentro do prazo que se encerra em 9 de julho, quando pode voltar a impor tarifas mais altas suspensas em abril.

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