Repórter
Publicado em 29 de julho de 2025 às 13h22.
Última atualização em 29 de julho de 2025 às 14h05.
O vice-ministro do Ministério do Comércio chinês, Li Chenggang, anunciou nesta terça-feira, 29, que os representantes dos Estados Unidos e da China concordaram em estender a trégua tarifária. As informações foram divulgadas pela Bloomberg.
Embora não tenha anunciado avanços no acordo, Li Chenggang afirmou que os dois lados concordaram em pressionar por uma extensão da trégua tarifária de 90 dias firmada em meados de maio, sem especificar quando e por quanto tempo tal extensão entraria em vigor, segundo informações da Reuters.
Li Chenggang, que atua como negociador do comércio internacional, destacou que as discussões foram "francas e aprofundadas", ressaltando o compromisso de ambas as partes em manter um canal de comunicação constante.
"De acordo com o consenso entre a China e os EUA, ambos os lados continuarão a pressionar pela extensão contínua da pausa na parte de 24% das tarifas recíprocas do lado dos EUA, bem como pelas contramedidas do lado chinês", disse Li Chenggang.
Essas negociações seguiram as tratativas anteriores realizadas em Genebra, em maio, e em Londres, em junho, entre as duas maiores economias globais.
Esse entendimento entre os governos da China e dos EUA podem abrir caminho para um encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, no final do ano, embora Trump tenha negado ter se esforçado para procurá-lo e as autoridades chinesas não tenham mencionado o assunto.
Após meses ameaçando impor tarifas elevadas a parceiros comerciais, Trump garantiu acordos comerciais com a União Europeia, o Japão e outros países, mas a economia pujante da China e seu domínio sobre os fluxos globais de terras raras tornam essas negociações particularmente complexas.
Em maio, ambos os lados recuaram na imposição de tarifas, o que equivaleria a um embargo comercial bilateral. Mas as cadeias de suprimentos globais e os mercados financeiros podem enfrentar novas turbulências sem um acordo.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou nesta terça-feira sua previsão de crescimento global, mas encara as taxas tarifárias como um grande risco para vários países.