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China se revolta com plano de venda de armas dos EUA para Taiwan

Governo chinês afirmou que a medida contradiz um "consenso" a que o presidente chinês, Xi Jinping, chegou com o líder dos EUA, Donald Trump

China vê a autogovernada Taiwan como uma província rebelde e jamais renunciou ao uso da força para submetê-la a seu controle (Ashley Po/Getty Images)

China vê a autogovernada Taiwan como uma província rebelde e jamais renunciou ao uso da força para submetê-la a seu controle (Ashley Po/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 30 de junho de 2017 às 09h44.

Pequim - A China pediu que os Estados Unidos revoguem imediatamente a "decisão equivocada" de vender a Taiwan 1,42 bilhão de dólares em armas, dizendo que a medida contradiz um "consenso" a que o presidente chinês, Xi Jinping, chegou com o líder dos EUA, Donald Trump, durante conversas em abril na Flórida.

As vendas enviariam uma mensagem errada às forças de "independência de Taiwan", disse a embaixada da China em Washington em um comunicado.

Na quinta-feira, uma porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que o governo comunicou o Congresso a respeito de sete vendas propostas a Taiwan, as primeiras da gestão Trump.

"O governo chinês e o povo chinês têm todo direito de estarem ultrajados", disse a embaixada.

Pequim vê a autogovernada Taiwan como uma província rebelde e jamais renunciou ao uso da força para submetê-la a seu controle. Os nacionalistas chineses fugiram para a ilha depois de perderem a guerra civil para os comunistas em 1949.

Os EUA são os únicos fornecedores de armas de Taiwan.

"O gesto errado do lado dos EUA contraria o consenso obtido pelos dois presidentes eímpeto de desenvolvimento positivo da relação China-EUA", disse a embaixada.

O Ministério da Defesa chinês disse que Taiwan é "o tema central mais importante e mais delicado dos laços entre China e EUA", alertando Washington a interromper tais vendas para evitar prejudicar ainda mais a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan.

Trump fez críticas à China durante sua bem-sucedida campanha presidencial de 2016, mas sua reunião com Xi em seu resort de Mar-a-Lago, na Flórida, criou a esperança de um relacionamento mais caloroso.

Mais tarde Trump ressaltou sua relação pessoal com Xi, que classificou como um "homem bom", e enfatizou a necessidade da ajuda chinesa para conter o desenvolvimento da armas e mísseis nucleares da desafiadora Coreia do Norte.

O pacote proposto pelos EUA a Taiwan inclui auxílio técnico para radares de alerta precoce, mísseis antirradiação de alta velocidade, torpedos e componentes de mísseis.

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