Mundo

CIA diz estar por trás de algumas das sanções dos EUA à Venezuela

De acordo com o diretor da CIA, Trump tinha especial interesse em saber as relações do governo de Maduro com as Forças Armadas da Venezuela

Maduro: "A segunda ou terceira rodada de sanções obedecia às nossas recomendações", reconheceu Pompeo (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Maduro: "A segunda ou terceira rodada de sanções obedecia às nossas recomendações", reconheceu Pompeo (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

E

EFE

Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 18h34.

Washington - O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), Mike Pompeu, reconheceu nesta terça-feira que os serviços de espionagem americanos foram responsáveis por algumas das sanções aplicadas nos últimos meses contra o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Durante um evento no American Enterprise Institute, em Washington, o moderador de uma conversa com o Pompeo pediu que ele citasse algumas situações que chamaram a atenção do presidente dos EUA, Donald Trump, nos relatórios elaborados pela CIA.

Pompeo não hesitou em usar o exemplo da Venezuela como um dos assuntos que Trump pediu mais informações.

"O presidente não estava satisfeito com a descrição da situação que tínhamos apresentado. Queria mais clareza em relação a alguns assuntos financeiros, como quem tinha o dinheiro", revelou.

De acordo com o diretor da CIA, Trump tinha especial interesse em saber as relações do governo de Maduro com as Forças Armadas da Venezuela. O presidente queria ter uma imagem mais completa da situação, por isso a agência elaborou uma série de relatórios.

"A segunda ou terceira rodada de sanções obedecia às nossas recomendações", reconheceu Pompeo.

Desde que chegou à Casa Branca, Trump intensificou a pressão sobre o governo da Venezuela com várias sanções econômicas individuais contra membros do Executivo de Maduro.

Acompanhe tudo sobre:CIANicolás MaduroSançõesVenezuela

Mais de Mundo

Ataque dos EUA ao Irã envolveu 125 aeronaves e 75 armas guiadas, incluindo 14 bombas fura-bunker

Macron fala com presidente iraniano e pede 'moderação' e retorno 'à via diplomática'

Se resposta do Irã for desproporcional para EUA, haverá escalada militar, diz pesquisador de Harvard

Por que o ataque dos EUA ao Irã não deve levar a uma Terceira Guerra Mundial?