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Coreia do Sul busca "reforma completa" do exército após ameaça

O pedido do presidente sul-coreano chegam horas depois que a Coreia do Norte ameaçou atacar com mísseis as bases americanas na ilha de Guam

Moon Jae-in: "é a tarefa urgente de reforçar nossas capacidades defensivas para resistir às provocações da Coreia do Norte", disse o presidente (Kim Hong-Ji/Reuters)

Moon Jae-in: "é a tarefa urgente de reforçar nossas capacidades defensivas para resistir às provocações da Coreia do Norte", disse o presidente (Kim Hong-Ji/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de agosto de 2017 às 07h44.

Última atualização em 9 de agosto de 2017 às 11h45.

Seul - O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, pediu nesta quarta-feira que seja realizada uma "reforma completa" das forças armadas do país, pois considera uma "tarefa urgente" o fortalecimento da defesa nacional diante dos avanços armamentistas da Coreia do Norte.

"Acredito que poderíamos necessitar de uma reforma completa em nível regenerativo, ao invés de realizar apenas melhorias e remodelações", disse o presidente durante uma reunião com os novos comandantes de marinha, aeronáutica e exército, confirmou à Agência Efe um porta-voz do Ministério de Defesa sul-coreano.

"Um pendência importante para nós é a tarefa urgente de reforçar nossas capacidades defensivas para resistir às provocações da Coreia do Norte com seus mísseis e armas nucleares", acrescentou Moon.

As palavras do presidente sul-coreano chegam horas depois que a Coreia do Norte ameaçou atacar com mísseis as bases americanas na ilha de Guam, no Pacífico, como resposta ao envio de dois bombardeiros estratégicos à Península Coreana na terça-feira e às advertências do presidente Donald Trump.

O governante americano advertiu que o regime de Kim Jong-un "vai se deparar com fogo e fúria e um poderio jamais visto no mundo" se não deixar de ameaçar os Estados Unidos.

Pyongyang condenou duramente o último pacote de sanções da ONU - do qual consideram os EUA os maiores responsáveis - em castigo por seus programas de armas e ameaçavam empreender "ações físicas" contra o território americano.

Estas últimas sanções constituem o pacote mais severo aprovado até agora, já que buscam reduzir os investimentos das exportações norte-coreanas em US$ 1 bilhão (um terço do total) ao ano e chegam em resposta aos testes com mísseis balísticos intercontinentais, os primeiros da história norte-coreana.

Os contínuos testes de armas de Pyongyang aumentaram nos últimos meses a tensão na Península Coreana e elevaram o tom da Casa Branca, onde as ameaças de um ataque preventivo contra a Coreia do Norte estão cada vez mais constantes.

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