Mundo

Cuba recebe membros do ETA e das Farc, diz WikiLeaks

Apesar do alerta, diplomatas norte-americanos acham pouco provável que se forme uma operação terrorista a partir da ilha

Havana: ELN, da Colômbia, também tem membros em Cuba, segundo os documentos (Henryk Kotowski/Wikimedia Commons)

Havana: ELN, da Colômbia, também tem membros em Cuba, segundo os documentos (Henryk Kotowski/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 09h53.

Washington - Cuba recebeu em seu território membros do grupo terrorista ETA e da guerrilha colombiana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), conforme dados enviados pelos diplomatas dos Estados Unidos em Havana a Washington, vazados pelo WikiLeaks.

Pelos dados do site enviados ao jornal "El País", os EUA tiveram constância no ano passado da presença de terroristas do ETA e das Farc na ilha.

Para os americanos, a presença dos terroristas na ilha não representa em si um motivo de alarme, pois considera "pouco provável que realizem uma operação terrorista".

Enviado em 27 de fevereiro de 2009, o documento assinala assinala que o Governo de Cuba permite aos membros do ETA, das Farc e de outra organização colombiana, o Exército de Libertação Nacional (ELN), "desfrutar de descanso e relaxo, assim como de receber cuidados médicos e outros serviços".

A nota demonstra que "as atividades específicas destes grupos" são desconhecidas, mas pode "afirmar que os membros do ETA que assessoram às Farc passaram tempo em Cuba e que, inclusive, alguns têm familiares no país".

O documento explica que não viu "evidência" que Havana permita a estes "serviços de inteligência planejar em Cuba operações terroristas contra os Estados Unidos".

Acompanhe tudo sobre:TerrorismoAmérica LatinaCubaWikiLeaks

Mais de Mundo

Escassez de combustíveis afeta distribuição de material para segundo turno na Bolívia

Inflação na Argentina sobe 2,1% em setembro, maior alta desde abril

Trump condiciona apoio a Milei ao resultado da eleição: 'se perder, não seremos generosos'

Madagascar: Entenda a crise que fez presidente fugir do país e terminou em golpe militar