Mundo

Democracia não é desculpa para atos ilegais, diz Pequim

Democracia deve se basear no estado de direito e não pode ser pretexto para atos ilegais, segundo comunicado do governo chinês


	Manifestantes em Hong Kong: protestos são "ilegais", segundo comunicado chinês
 (Carlos Barria/Reuters)

Manifestantes em Hong Kong: protestos são "ilegais", segundo comunicado chinês (Carlos Barria/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 09h00.

Pequim - A democracia deve se basear no estado de direito e não pode ser uma desculpa para comportamentos ilegais, diz um comunicado publicado nesta quarta-feira pelo "Diário do Povo", porta-voz oficial do Partido Comunista da China, em relação aos protestos democráticos em Hong Kong.

O comentário, que mostra mais uma vez a opinião das autoridades de Pequim sobre os protestos, reforça o apoio do governo central ao chefe executivo regional, Cy Leung, reiterando que as manifestações "estão condenadas ao fracasso".

"A estabilidade é boa, o caos é um desastre", adverte o artigo, que ainda afirma que "os diferentes pedidos para o desenvolvimento democrático de Hong Kong podem ser expressados através de formas legais".

O "Diário do Povo" atribui os protestos a "um grupo diminuto" entre a população da ex-colônia britânica, superior a 7 milhões de habitantes.

"A democracia deve se basear na lei, não na ditadura de uma minoria", destaca o veículo.

O artigo acrescenta que os protestos são "ilegais" e foram acompanhados da invenção de "acusações e rumores" contra Leung e seu governo. As manifestações chegaram hoje ao 18º dia, após sérios conflitos que resultaram na detenção de 45 pessoas na madrugada passada.

"A história lembra que atos radicais e ilegais só resultaram em mais atividades ilegais, incentivando a desordem e o caos", afirmou o comunicado

O "Diário do Povo" insiste que o apoio a Leung e sua administração garante a estabilidade e a posição de Hong Kong como centro internacional de finanças, comércio e transporte, respondendo aos interesses locais e dos investidores estrangeiros.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDemocraciaProtestosProtestos no mundo

Mais de Mundo

El Salvador aprova reforma que permite reeleição presidencial indefinida

Aumenta pressão de empresas dos EUA que importam produtos brasileiros contra tarifaço de Trump

Trump adia para 7 de agosto entrada em vigor das novas tarifas a parceiros comerciais

Tarifas de Trump: Brasil com 50%, Canadá com 35%, Suíça com 39%; veja lista de países taxados