A Europa teve um crescimento de apenas 0,2% no número de católicos (Alessandra Benedetti/Getty Images)
Repórter
Publicado em 15 de maio de 2025 às 06h00.
Última atualização em 15 de maio de 2025 às 08h44.
Com a eleição do Papa Leão XIV completando uma semana, é natural existirem dúvidas sobre quais rumos a Igreja Católica irá tomar com um novo sumo pontífice.
Pela primeira vez na história, um cardeal dos EUA está no comando da Igreja Católica. Antes dele, nas Américas, apenas seu antecessor Francisco havia chegado ao cargo máximo da Santa Sé.
Um recorte dos últimos 10 anos, com Francisco à frente do Vaticano, mostrou o catolicismo caindo 0,32% nos EUA, país de Leão XIV. Durante o século 20, a religião cresceu 1,68% na principal economia do mundo, segundo dados da World Christian Database.
A Igreja Católica vive um momento de transformação. Embora o número total de católicos no mundo tenha crescido ligeiramente — passando de 1,39 bilhão para 1,40 bilhão entre 2022 e 2023, esse crescimento esconde uma realidade mais complexa: a fé católica está em retração em várias partes do mundo ocidental, especialmente na Europa e nos Estados Unidos.
O crescimento global da população católica é impulsionado principalmente por regiões do Sul Global:
Em contraste, Europa e Oceania enfrentam um processo de secularização acelerado. Entre 2022 e 2023, a Europa teve um crescimento de apenas 0,2% no número de católicos, com queda no número de padres, freiras e seminaristas, segundo o Annuario Pontificio 2025.
Nos Estados Unidos, a situação é emblemática. Embora o país tenha a quarta maior população católica do mundo, com 53 milhões de fiéis, a proporção de católicos na população total caiu de 24% em 2007 para apenas 20% em 2025.
Essa queda reflete uma tendência de desfiliação religiosa e crescimento do grupo dos “sem religião”, especialmente entre os jovens.
Apesar da queda percentual, há mudanças importantes dentro da comunidade católica americana, segundo dados do U.S. Religion Census Bureau: