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Equador indica que pode pedir ressarcimento à Odebrecht

O ressarcimento milionário seria por falhas no projeto de um duto que atravessa sete províncias

Odebrecht: a empreiteira está no meio de um escândalo de corrupção (Carlos Jasso/Reuters)

Odebrecht: a empreiteira está no meio de um escândalo de corrupção (Carlos Jasso/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 21h53.

Quito - O Equador advertiu a Odebrecht nesta quinta-feira que, se em um mês não houver solução para uma série de problemas e falhas detectadas em um duto que atravessa sete províncias, o governo irá pedir um ressarcimento milionário.

O ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Pérez, em uma declaração à rede de TV Ecuavisa, que a Odebrecht "não está disposta a resolver os problemas, não temos outra alternativa a não ser dar por terminado o contrato.

Não vamos mais entregar dinheiro a eles". Pérez ressaltou que, para cobrir os custos de reparação, o Equador pedirá uma garantia de US$ 60 milhões e "teremos que ver alternativas para concluir o projeto com outras empresas".

Na obra, técnicos equatorianos detectaram falhas no projeto, riscos de colapso, como a ausência de uma estação de redução de pressão.

O duto, considerado um trabalho estratégico do governo do ex-presidente Rafael Correa, foi construído a um custo de US$ 623 milhões e teve que transportar combustíveis por meio de sete províncias. A construção começou em 2013 e deveria ter sido concluída até o fim de 2015, mas a entrega final ainda está pendente.

A Odebrecht está no meio de um escândalo de corrupção devido à entrega de US$ 33,5 milhões a funcionários públicos equatorianos em troca de execução de obras públicas, com suspeitas recaindo em torno do vice-presidente, Jorge Glas.

O controlador-geral e dois ex-ministros estão detidos, assim como diretores e outros funcionários da estatal Petroecuador.

Fonte: Associated Press.

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