Vinte e seis morreram quando aguardavam ajuda perto do corredor Netzarim, no centro de Gaza, e 17 pessoas em outros cinco locais, afirmou à AFP Mohamad al Mughayyir, diretor das equipes médicas do organismo de emergência.
Milhares de pessoas comparecem todos os dias a diferentes pontos do território sitiado com a esperança de receber alimentos.
Segundo Mughayyir, entre as vítimas está "uma menina assassinada a tiros pelas forças israelenses ao oeste de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza".
Procurado, o Exército israelense não comentou os incidentes.
Israel impôs no início de março um bloqueio humanitário ao território, parcialmente aliviado no final de maio, que provocou severas privações de alimentos, medicamentos e outros produtos essenciais.
A Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada por Estados Unidos e Israel, com financiamento obscuro, começou a distribuir ajuda no final de maio, mas suas ações têm sido marcadas por cenas caóticas e mortais.
As agências da ONU também distribuem, mas de maneira marginal, produtos essenciais, incluindo farinha.
Desde então, 397 pessoas morreram e mais de 3.000 ficaram feridas ao tentar chegar aos pontos de distribuição de ajuda em Gaza, segundo o balanço atualizado do Ministério da Saúde do Hamas, cujos números são considerados confiáveis pela ONU.
Com as restrições impostas por Israel à imprensa em Gaza e as dificuldades de acesso ao território em guerra, a AFP não pode verificar de forma independente os balanços de vítimas da Defesa Civil.