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Erro humano pode ter matado crianças após vacinação na Síria

Uma investigação está em andamento para esclarecer se o erro, cometido em centros de vacinação da região de Idleb


	Criança síria é vacinada em um campo de refugiados no Líbano: 15 crianças morreram após receberam doses de vacina
 (AFP)

Criança síria é vacinada em um campo de refugiados no Líbano: 15 crianças morreram após receberam doses de vacina (AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 15h04.

Beirute - Um erro humano pode ter sido a causa da morte de mais de 15 crianças sírias após uma campanha de vacinação contra a rubéola na zona rebelde do norte do país, indicou a oposição nesta quinta-feira.

"Os relatórios privilegiam a hipótese de um erro humano que levou ao uso de atracúrio em vez do dissolvente utilizado com a vacina", indicou Ahmad Tohmé, chefe do governo interino da oposição no exílio, citado pelo site de seu gabinete.

O atracúrio é uma substância utilizada na anestesia geral.

Tohmé disse que uma investigação está em andamento para esclarecer se o erro, cometido em centros de vacinação da região de Idleb (noroeste), controlada pelos rebeldes em sua maior parte, era de natureza criminosa.

O governo interino da oposição "pediu a detenção do conjunto da equipe que participou da campanha de vacinação", composta por voluntários sírios que trabalham com a oposição.

Este gabinete já havia dado instruções para deter a segunda rodada de vacinações contra a rubéola, que havia começado na segunda-feira, após a morte de 15 crianças.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou nesta quinta-feira sobre a morte de outra criança, elevando o número de vítimas fatais a 16.

"A dose de atracúrio utilizada em uma anestesia é de 0,5 miligramas por quilo (do peso da pessoa) e a aplicada em cada criança foi de 5 miligramas", segundo um relatório citado por Tohmé. "Esta dose é suficiente para paralisar os órgãos das crianças com menos de 10 kg".

Segundo Tohmé, 62 crianças com mais de dois anos puderam ser salvas.

A guerra na Síria, que começou há três anos, provocou grandes movimentos populacionais, e há milhares de crianças deslocadas e refugiadas.

Isso provocou perturbações ou interrupções em todas as campanhas de vacinação.

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