Mundo

Estudantes mascarados protestam durante formatura e desafiam governo de HK

Estudantes desafiaram a proibição do uso de máscaras imposta pelo governo em outubro; manifestações ocorrem há mais de 5 meses

HK: estudantes mascarados desafiam governo em formatura (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

HK: estudantes mascarados desafiam governo em formatura (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 10h35.

Hong Kong — Estudantes de Hong Kong, muitos dos quais com máscaras pretas proibidas pelo governo, cantaram frases de protesto durante sua formatura na Universidade Chinesa nesta quinta-feira, alguns com cartazes que diziam "Hong Kong Livre, Revolução Agora".

Os estudantes desafiaram a proibição do uso de máscaras imposta pelo governo em outubro em uma tentativa de coibir manifestações por vezes violentas que ocorrem no território autônomo chinês há mais de 5 meses.

Usando becas tradicionais, cerca de 1 mil alunos e alunas cantaram ao longo do trajeto para a cerimônia de formatura, pedindo que o governo responda às "cinco demandas, nenhuma a menos", que incluem sufrágio universal para escolher o líder da cidade.

Um homem que cantava o hino nacional da China e segurava uma faca foi preso por agentes de segurança.

O início dos protestos foi motivado por uma lei de extradição, agora anulada, que permitiria que pessoas fossem encaminhadas à China para serem julgadas, mas as reivindicações evoluíram para pedidos por democracia, fim da interferência chinesa nas liberdades prometidas e inquéritos independentes sobre brutalidade policial, entre outras demandas.

"Ainda que estejamos todos exaustos, não devemos desistir", disse Kelvin, um formando de 22 anos.

A universidade informou que interrompeu a cerimônia logo após a entrega dos diplomas.

A China nega interferir na cidade de Hong Kong e culpa países ocidentais por causarem problemas.

Acompanhe tudo sobre:Protestos no mundoHong Kong

Mais de Mundo

A luta de um brasileiro nas redes sociais contra os "pickpockets" de Londres

Candidato governista afirma que o povo boliviano sabe que "a melhor opção é o MAS"

Explosão atinge arredores do centro de votação de candidato presidencial boliviano

Atual presidente, Luis Arce vota e assegura "trânsito democrático" na Bolívia