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EUA e China chegaram a um acordo sobre tarifas, diz secretário de Trump

Howard Lutnick afirmou que Pequim e Washington chegaram a um entendimento após encontro em Genebra, em maio

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 26 de junho de 2025 às 19h31.

Última atualização em 26 de junho de 2025 às 19h51.

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Os Estados Unidos e a China chegaram a um entendimento comercial durante um encontro em Genebra em maio, disse nesta quinta-feira, 26, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. No entanto, o acordo só foi assinado no início desta semana.

"Esse acordo foi assinado e selado há dois dias", declarou Lutnick, em entrevista à Bloomberg. Mas, o representante não forneceu detalhes específicos sobre o conteúdo do acordo.

Os EUA e a China também realizaram uma segunda rodada de negociações em Londres neste mês depois que os dois lados se acusaram mutuamente de violar o acordo anterior, que previa a redução de tarifas de importação.

Negociadores de EUA e China anunciaram, após dois dias de negociações, que chegaram a um entendimento, mas que ainda havia necessidade de aprovação dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

Terras raras

O acordo assinado nesta semana inclui cláusulas sobre a entrega de terras raras pela China aos EUA, segundo Lutnick. A China impôs um limite de seis meses às licenças de exportação de terras raras destinadas a montadoras e fabricantes americanos.

"Eles vão nos entregar terras raras e, assim que fizerem isso, revogaremos nossas contramedidas", disse o secretário do Comércio.

As medidas do governo americano incluem restrições à exportação de materiais como etano, usado na produção de plásticos na China, software para chips e motores a jato. No entanto, Lutnick ressaltou que os limites não serão suspensos até que o governo chinês aceite a proposta dos EUA.

O acordo provisório alcançado em Londres reativou a concessão desses alvarás. No entanto, segundo o Wall Street Journal, o prazo de validade esclarece que ambos os lados continuam atentos a futuros conflitos entre os dois países. Em troca, os EUA aceitaram aliviar restrições recentes sobre exportação de motores de aeronaves, peças relacionadas e etano.

Durante os encontros em Londres, a China havia concordado em analisar pedidos de licenças de exportação feitos por empresas americanas. As liberações, no entanto, devem ocorrer dentro do prazo de uma semana após as assinaturas dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

Apesar do avanço, as tarifas impostas por ambos os lados permanecem, segundo o que foi acordado no encontro em Genebra, em maio. Trump afirmou que os EUA mantêm tarifas totais de 55% sobre produtos chineses — uma soma de medidas anteriores e das novas impostas em seu segundo mandato. Já na China, a média de tarifas sobre produtos americanos é de cerca de 33%.

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