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EUA e Rússia assinam protocolo para segurança aérea na Síria

Os países assinaram memorando de entendimento que estabelece medidas de segurança para que os pilotos de ambos os países informem posições durante bombardeios

Fumaça é vista após bombardeio, em Jobar, leste de Damasco, Síria (Ammar Suleiman/AFP)

Fumaça é vista após bombardeio, em Jobar, leste de Damasco, Síria (Ammar Suleiman/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2015 às 22h42.

Washngton - Estados Unidos e Rússia assinaram nesta terça-feira um memorando de entendimento que estabelece medidas de segurança aérea para que os pilotos de ambos os países informem claramente suas posições durante os bombardeios que realizam sobre a Síria - informou o Pentágono.

"Com as assinaturas de hoje, o memorando de entendimento já está em vigor", afirmou o porta-voz do Pentágono, Peter Cook, acrescentando que o texto "foi assinado há pouco tempo, hoje cedo".

Segundo Cook, o documento firmado insiste no profissionalismo dos pilotos, aconselha o uso de algumas frequências de rádio comuns e preconiza a criação de uma linha de comunicação secundária em terra.

O porta-voz americano garantiu que o acordo não é o ponto de partida de uma cooperação mais ampla entre Estados Unidos e Rússia na Síria.

"Não há zonas de cooperação, nem se compartilhará informação sobre alvos", esclareceu Cook.

"Continuamos achando que a estratégia da Rússia na Síria é contraproducente e que seu apoio ao presidente Al-Assad apenas agravará a guerra civil".

A imprensa russa noticiou que um memorando foi assinado para evitar incidentes entre os aviões dos dois países no céu sírio.

"O memorando contém uma série de regras e de restrições para evitar incidentes entre os aviões russos e americanos" que realizam, como parte de diferentes operações, ataques aéreos contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, afirmou o vice-ministro russo da Defesa, Anatoly Antonov, citado por agências de notícias russas.

Os Estados Unidos lideram uma coalizão internacional que vem realizando incursões contra o EI há mais de um ano.

A Rússia também alega atacar o EI e outros grupos "terroristas", apesar de o Pentágono afirmar que Moscou bombardeia, principalmente, os rebeldes que lutam contra as forças do governo de Bashar al-Assad.

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