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EUA exigem saída de diplomatas venezuelanos em 48 horas

A decisão dos Estados Unidos foi feita em resposta a decisão da Venezuela de expulsar dois importantes diplomatas americanos

Embaixada dos EUA: o governo venezuelano afirmou que expulsou os diplomatas americanos em resposta às novas sanções de Trump (Marco Bello/Reuters)

Embaixada dos EUA: o governo venezuelano afirmou que expulsou os diplomatas americanos em resposta às novas sanções de Trump (Marco Bello/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de maio de 2018 às 10h18.

Os Estados Unidos ordenaram nesta quarta-feira a dois diplomatas venezuelanos que deixem o território americano em um prazo de 48 horas, em resposta à ordem de expulsão de Caracas contra os dois principais diplomatas dos EUA acreditados na Venezuela, informou o Departamento de Estado.

"Esta ação é de reciprocidade à decisão do regime de (Nicolás) Maduro de declarar o Encarregado de Negócios, Todd Robinson, e o Subchefe de Missão da Embaixada dos Estados Unidos em Caracas, Brian Naranjo, como personae non gratae", assinala um comunicado da porta-voz do departamento de Estado Heather Nauert.

A reação de Washington envolve o Encarregado de Negócios da embaixada venezuelana e o Cônsul Geral Adjunto do consulado em Houston (Texas), que têm o prazo de dois dias para abandonar os Estados Unidos, informou Nauert.

Durante esta quarta-feira, o governo de Donald Trump foi notificado oficialmente das expulsões de Robinson e Naranjo, anunciada na véspera por Maduro em mensagem à Nação.

O presidente venezuelano, reeleito no domingo até 2025 em eleições boicotadas pela oposição e questionadas por vários países, ordenou a saída do país "em 48 horas" de Robinson e Naranjo acusando-os de "conspiração".

"Nossos funcionários da Embaixada (em Caracas) realizaram seus deveres oficiais de maneira responsável e consistente com a prática diplomática. Rejeitamos qualquer sugestão do contrário", declarou Nauert nesta quarta.

Maduro disse agir em resposta às novas sanções a Caracas impostas por Trump na segunda-feira, que buscam restringir o financiamento do país petroleiro, em meio a uma de suas piores crises econômicas.

Estados Unidos e Venezuela mantiveram uma relação com altos e baixos durante o mandato de Hugo Chávez (1999-2013), mentor de Maduro, mas os laços ficaram mais tensos com a chegada de Trump ao poder, em janeiro de 2017.

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