O Departamento de Estado emitiu uma isenção que permite que parceiros e aliados estrangeiros participem da reconstrução da Síria, autorizando empresas a fazer negócios no país (Bakr Al Kasem/Anadolu/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 23 de maio de 2025 às 20h31.
O Tesouro dos Estados Unidos formalizou nesta sexta-feira a retirada das sanções contra a Síria, anunciada pelo presidente Donald Trump durante sua visita à Arábia Saudita na semana passada. Na ocasião, Trump declarou que suspenderia as sanções "brutais e paralisantes" da era Bashar al-Assad, em resposta a pedidos da Turquia e da Arábia Saudita.
"O Departamento do Tesouro e o Departamento de Estado estão implementando autorizações para incentivar novos investimentos na Síria", afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em comunicado. A expectativa é que a Síria "continue trabalhando para se tornar um país estável e em paz, e que as medidas adotadas coloquem o país no caminho de um futuro próspero e estável".
O alívio das sanções se estende ao novo governo sírio, desde que o país não ofereça abrigo a organizações terroristas e garanta a segurança das minorias religiosas e étnicas.
O Departamento de Estado emitiu uma isenção que permite que parceiros e aliados estrangeiros participem da reconstrução da Síria, autorizando empresas a fazer negócios no país.
A autorização cobre novos investimentos, prestação de serviços financeiros, transações com produtos petrolíferos sírios, além de negócios com o novo governo sírio e algumas entidades anteriormente bloqueadas.
Washington impôs amplas restrições financeiras à Síria durante os 14 anos de guerra civil, deixando claro que usaria as sanções para punir quem colaborasse na reconstrução enquanto Assad estivesse no poder.
Após a campanha liderada por islamistas que derrubou Assad no ano passado, o novo governo sírio busca reatar relações com governos ocidentais e reverter as sanções.
A formalização americana ocorre dias após a União Europeia anunciar medidas similares. A chefe da política externa da UE, Kaja Kallas, declarou na terça-feira que a UE deseja "ajudar o povo sírio a reconstruir uma Síria nova, inclusiva e pacífica".
Kallas ressaltou que o bloco sempre apoiou os sírios nos últimos 14 anos e continuará a fazê-lo.