Mundo

Ex-candidato do Panamá nega ter recebido dinheiro da Odebrecht

José Domingo Arias é acusado de receber dinheiro da empreiteira para apoiar sua campanha política no pleito de 2014

Odebrecht: "hoje prestamos (depoimento) na Promotoria, tivemos a oportunidade de responder todas as perguntas feitas pelos promotores e apresentamos as provas", afirmou Arias (Sebastian Castaneda/Reuters)

Odebrecht: "hoje prestamos (depoimento) na Promotoria, tivemos a oportunidade de responder todas as perguntas feitas pelos promotores e apresentamos as provas", afirmou Arias (Sebastian Castaneda/Reuters)

E

EFE

Publicado em 6 de junho de 2017 às 09h39.

Panamá - José Domingo Arias, ex-candidato à presidência do Panamá pelo partido Mudança Democrática (CD), do ex-presidente Ricardo Martinelli, negou nesta segunda-feira que tenha recebido dinheiro da construtora Odebrecht para apoiar sua campanha política no pleito de 2014.

"Não, não recebemos fundos da Odebrecht" para a campanha, disse Arias aos jornalistas, depois de terminar o longo depoimento que prestou na Promotoria Anticorrupção sobre o caso.

Arias disse tudo isto está em uma nota do Tribunal Eleitoral (TI) do Panamá, disse o ex-candidato que "faz parte das provas que entregamos hoje" na Promotoria.

"Hoje prestamos (depoimento) na Promotoria, tivemos a oportunidade de responder todas as perguntas feitas pelos promotores e apresentamos as provas", afirmou Arias.

Ele acrescentou que com os seus advogados estão "respondendo as solicitações e exigências do caso", sem especificar se terá uma nova data para o interrogatório.

No mês passado, foi divulgado no Panamá a confissão da publicitária Mônica Moura, onde ela afirmou que a Odebrecht concordou com Martinelli em financiar, ilegalmente, com US$ 16 milhões a campanha de Arias nas eleições de 2014, que terminou com a vitória do atual presidente, Juan Carlos Varela.

Ela disse que os seus trabalhos no Panamá tiveram como intermediário o diretor-geral da Odebrecht no país, André Rabello.

José Domingo Arias não quis comentar a confissão de Mônica Moura e apenas disse que "no momento certo quando a questão judicial terminar, poderemos fazer uma análise" do assunto.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoNovonor (ex-Odebrecht)Operação Lava JatoPanamá

Mais de Mundo

Congresso americano aprova cortes de US$ 9 bilhões em ajuda externa e para mídia pública

Raios deixam pelo menos 33 mortos na Índia

Acidente em mina de ouro deixa 18 pessoas soterradas na Colômbia

México pede que EUA reconheçam que têm 'um problema grave de consumo de drogas'