Ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, chega a um tribunal para participar de audiência para revisar seu mandado de prisão em 9 de julho de 2025 (KIM HONG-JI / POOL / AFP)
Agência de notícias
Publicado em 10 de julho de 2025 às 08h22.
O ex-presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, foi detido, nesta quinta-feira, 10, pela declaração de lei marcial que provocou caos político e resultou em seu impeachment, enquanto enfrenta investigação por acusações de insurreição.
Yoon gerou uma crise na Coreia do Sul ao tentar subverter a ordem civil no dia 3 de dezembro, enviando o Exército ao Parlamento para impedir que os deputados votassem a revogação da lei marcial, decretada por ele horas antes.
Em janeiro, tornou-se o primeiro presidente sul-coreano em exercício a ser detido, após semanas resistindo à prisão sob proteção do corpo de segurança presidencial.
Foi liberado por motivos processuais em março, com o julgamento por insurreição ainda em andamento. O Parlamento o destituiu, e o Tribunal Constitucional confirmou o impeachment em abril.
Após se recusar a comparecer às convocações dos investigadores judiciais, a Justiça emitiu novo mandado de prisão por receio de destruição de provas, segundo Nam Se-jin, juiz do Tribunal do Distrito Central de Seul.
Na quarta-feira, Yoon compareceu a uma audiência de sete horas, rejeitou as acusações e foi levado a um centro de detenção. Após o mandado emitido na manhã de quinta, foi conduzido a uma cela solitária.
Os promotores preparam as acusações formais. "Quando Yoon for acusado, ele poderá permanecer detido por até seis meses", informou Yun Bok-nam, presidente da organização Advogados por uma Sociedade Democrática.