Mundo

FAO e França advertem sobre risco de revoltas por preço de alimentos

"Existe um risco real de motins de fome", disse o ministro francês da Agricultura

Grãos de feijão: preços de alimentos subiram 3,4% em janeiro, comparados a 2010 (Renato Parada/Vida Simples/Reprodução)

Grãos de feijão: preços de alimentos subiram 3,4% em janeiro, comparados a 2010 (Renato Parada/Vida Simples/Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2011 às 12h08.

Roma - O encarecimento dos alimentos cria o "risco de motins" motivados pela fome, advertiram França, que exerce a presidência do G20, e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), numa coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira em Roma.

"Existe um risco real de motins de fome", declarou o ministro francês da Agricultura, Bruno Le Maire, em coletiva de imprensa conjunta com Jacques Diouf, diretor-geral da FAO.

Na quinta-feira, a FAO anunciou que os preços dos alimentos tinham alcançado um nível histórico em janeiro e podiam continuar aumentando.

Os preços subiram em janeiro 3,4% em relação a 2010, estabelecendo-se em 231 pontos no índice da FAO, o ponto mais alto desde que a organização da ONU estabeleceu esse indicador em 1990.

Em 2007 e 2008, registraram-se "motins da fome" em diversos países africanos assim como no Haiti e nas Filipinas, coincidindo com os preços recordes dos cereais.

Nessa época, o índice dos preços dos alimentos da FAO estava em 200 pontos.

Confira a evolução do índice da FAO:

 

Acompanhe tudo sobre:AlimentosEuropaFrançaONUPaíses ricosPreçosTrigo

Mais de Mundo

Trump pede que preços do petróleo permaneçam baixos após ataques ao Irã

Estados Unidos emitem alerta de segurança mundial

Senadores tentam impedir Trump de ordenar novos ataques ao Irã sem aval do Congresso

Do Irã ao Brasil: os 10 países que mais produzem (e exportam) petróleo no mundo