Mundo

FAO pede que países parem de usar agrotóxicos perigosos

Entre as recomendações, está o não uso do monocrotofós, o mesmo produto que causou a morte de 23 estudantes em Bihar, na Índia

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2013 às 17h17.

Brasília – A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agicultura (FAO) alertou hoje (30) os países em desenvolvimento na América Latina, na Ásia e na África para que proíbam o uso de determinados tipos de agrotóxicos considerados “altamente perigosos”. Entre as recomendações, está o não uso do monocrotofós, o mesmo produto que causou a morte de 23 estudantes em Bihar, na Índia, em consequência de alimentos contaminados com pesticidas.

De acordo com especialistas, o monocrotofós, se manipulado de forma incorreta, pode causar envenenamento. A inalação causa problemas musculares, salivação excessiva e perda de consciência. A ingestão provoca dores de cabeça, náusea, convulsões e dor de barriga. O monocrotofós está proibido na Austrália, na China, nos países da União Europeia, nos Estados Unidos e em vários países da África, da Ásia e da América Latina.

Para a FAO e a Organização Mundial da Saúde (OMS), o monocrotofós é um agrotóxico de “grande periculosidade”. Segundo as duas organizações, o uso do produto pode causar danos à saúde humana e também ao meio ambiente. “A FAO recomenda que os governos dos países em desenvolvimento acelerem a retirada de pesticidas altamente perigosos do mercado”, diz o texto.

O Código Internacional de Conduta faz uma série de determinações sobre o uso de agrotóxicos, estabelece normas para entidades públicas e privadas e é a principal referência sobre o tema. O código define uma proposta de proibição para a importação, distribuição, venda e compra de pesticidas considerados perigosos.

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaAlimentaçãoSaúdeTrigo

Mais de Mundo

Ataque pode ter atrasado o programa nuclear do Irã em apenas alguns meses, diz relatório dos EUA

Brics condena ataques ao Irã, mas defende criação de zona livre de armas nucleares no Oriente Médio

Bezos muda local da festa de casamento em Veneza por temor de protestos

Reino Unido comprará 12 caças F-35A com capacidade nuclear; medida é vista para agradar Trump