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FBI prendeu mais terroristas domésticos que estrangeiros em 2018

Autoridades americanas detiveram 150 pessoas relacionadas com casos de terrorismo doméstico em 2018

FBI (Mandel Ngan/AFP)

FBI (Mandel Ngan/AFP)

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EFE

Publicado em 9 de março de 2019 às 16h26.

Washington - As autoridades americanas detiveram 150 pessoas relacionadas com casos de terrorismo doméstico em 2018, frente às 110 que foram detidas por vínculos com organizações extremistas internacionais, segundo dados do FBI que foram revelados neste sábado por veículos de imprensa.

As estatísticas, às quais o jornal "The Washington Post" teve acesso, mostram também um aumento no número de detenções de terroristas locais em 2018 em relação ao ano anterior, quando o FBI deteve 120 suspeitos.

Em 2017, foram detidas nos Estados Unidos cem pessoas investigadas por ações inspiradas por grupos estrangeiros, como a Al Qaeda e o Estado Islâmico, 30 dos quais enfrentaram acusações por terrorismo.

Por outro lado, dos 150 supostos terroristas domésticos detidos no ano passado, só nove foram acusados de terrorismo.

O problema, afirma o jornal, que cita fontes do FBI, é que a legislação americana não contempla grupos nacionais como organizações terroristas, por isso não é habitual apresentar acusações por terrorismo contra membros dessas organizações.

Um claro exemplo desta situação é o massacre cometido por Rob Bowers em outubro do ano passado em uma sinagoga de Pittsburgh (Pensilvânia), no qual 11 pessoas morreram.

O caráter antissemita do ataque levou a Procuradoria a apresentar acusações por crimes de ódio, já que, além disso, a forma de atuar de Bowers, sozinho, fez com que a ação não fosse considerada como um ato de terrorismo organizado.

"Um crime de ódio é quando um indivíduo atua incentivado pelo ódio ou uma animosidade contra pessoas de outra etnia ou crenças religiosas. E se transforma em terrorismo doméstico quando existe uma ideologia que o agressor está tentando propagar mediante a violência", explicou então o procurador federal Scott Brady.

No entanto, embora se trate igualmente de um 'lobo solitário', quando os atos do agressor são motivados por alguma organização estrangeira, a Procuradoria tende a apresentar acusações por filiação a organização terrorista. EFE

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