Incêndio: Bombeiros combatem brasas próximas à vila de Albas, na cordilheira de Corbières Massif, no sul da França
Agência de notícias
Publicado em 10 de agosto de 2025 às 11h25.
Bombeiros trabalham neste domingo, 10, para extinguir um grande incêndio florestal no sul da França, em meio a alerta de altas temperaturas e condições de seca que podem reacender as chamas, durante a segunda onda de calor deste ano na região. Na vizinha Itália, as chamas são um desafio nas encostas do Vesúvio desde a última sexta-feira, 8.
O incêndio, o pior na bacia mediterrânea francesa em meio século, devastou uma vasta área do departamento de Aude, em plena temporada turística de verão, matou uma pessoa na última quarta-feira, 6, e feriu várias outras.
Autoridades disseram que os ventos quentes e secos deste domingo e a onda de calor prejudicariam o trabalho dos bombeiros.
"É um dia difícil, visto que provavelmente estaremos em alerta vermelho para uma onda de calor a partir das 16h, o que não facilitará as coisas", disse Christian Pouget, prefeito do departamento de Aude.
As chamas não estão mais avançando, mas continuam a queimar em uma área de 16 mil hectares, disse Christophe Magny, chefe do corpo de bombeiros regional, no último sábado (9), acrescentando que o fogo só seria controlado na noite deste domingo.
No entanto, o fogo "não será extinto por várias semanas", disse ele.
Cerca de 1.300 bombeiros foram mobilizados para evitar que o incêndio reaparecesse, em meio a temores de que o vento, que as autoridades disseram ter se intensificado durante a noite de sábado, pudesse espalhar focos de calor persistentes.
As temperaturas devem chegar a 40°C em algumas áreas neste fim de semana, e a segunda-feira deve ser "o dia mais quente do país", de acordo com o serviço meteorológico nacional Méteo-France.
Esta é a segunda onda de calor a atingir o país este ano, após a registrada entre 19 de junho e 4 de julho, e a 51ª desde 1947. Exige "vigilância especial, especialmente para pessoas sensíveis ou expostas", destacou a Méteo-France.
Especialistas dizem que os países europeus estão cada vez mais vulneráveis a incêndios devido à intensificação das ondas de calor do verão ligadas ao aquecimento global.
Os bombeiros continuam a combater, neste domingo, 10, um incêndio nas encostas do Vesúvio, após terem fechado aos turistas os acessos ao vulcão próximo de Nápoles, no sul da Itália.
O incêndio devasta o parque nacional desde a última sexta-feira, 8, e os bombeiros mobilizaram 12 patrulhas além de seis aviões Canadair. Também solicitaram a ajuda de agentes de outras regiões italianas.
"Por razões de segurança (...) e para facilitar as operações de combate ao incêndio e limpeza nas áreas afetadas, todas as atividades na rede de trilhas do Parque Nacional do Vesúvio estão suspensas até novo aviso", anunciou o parque no sábado em um comunicado.
Cerca de 620 mil pessoas visitaram a cratera do vulcão em 2024, segundo estatísticas da unidade.
A fumaça do incêndio era visível, neste domingo, do sítio arqueológico próximo de Pompeia, que permaneceu aberto aos turistas.