Mundo

França está confiante sobre a venda do caça Rafale para o Brasil

Brasília não deve oficializar sua escolha até as eleições presidenciais francesas, para evitar uma exploração política e eleitoral do anúncio

Ao ser questionado sobre os motivos da Dassault não conseguir vender o caça no exterior, Longuet disse que o Rafale (foto) é mais caro que o americano F/A-18 Super Hornet
 (Pierre Verdy/AFP)

Ao ser questionado sobre os motivos da Dassault não conseguir vender o caça no exterior, Longuet disse que o Rafale (foto) é mais caro que o americano F/A-18 Super Hornet (Pierre Verdy/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2012 às 18h01.

São Paulo - Autoridades do governo francês esperam em breve o anúncio de uma primeira encomenda de 36 caças-bombardeiros Rafale, da Dassault, pelo Brasil após o início de negociações exclusivas com a Índia sobre a compra de 126 dessas aeronaves.

"Politicamente, estrategicamente e financeiramente todos os elementos convergem para conduzir o Brasil a confirmar a escolha pelo Rafale", explicou nesta terça-feira uma fonte do governo francês, após informações similares terem circulado em Brasília.

"Nós sempre dissemos que estávamos confiantes, e na situação atual, estamos ainda mais confiantes", adicionou a mesma fonte. "Tudo dá a entender que o Brasil está prestes a confirmar a escolha do Rafale."

Dois elementos decisivos podem ter convencido os brasileiros a escolher a aeronave francesa após anos de negociações, explicou a fonte, em Paris: a demonstração da eficácia do avião nas operações de suporte aéreo na revolução na Líbia e a decisão indiana.

O fato de a Índia, um país emergente como o Brasil, pré-selecionar o Rafale prova a excelência da aeronave mas também assegura outros potenciais compradores a respeito da produção a longo-prazo do avião francês e da possibilidade de uma redução futura do custo unitário, devido à quantidade produzida, disse a mesma fonte.

"Tudo isso sem dúvida permite aos governantes brasileiros decidirem mais facilmente".

Brasília não deve oficializar sua escolha até as eleições presidenciais francesas, para evitar uma exploração política e eleitoral do anúncio.

Acompanhe tudo sobre:Setor de transportePaíses ricosAmérica LatinaEuropaFrançaDados de BrasilAviaçãoMinistério da Defesa

Mais de Mundo

Urnas fecham na província de Buenos Aires, que vive expectativa por resultado de eleição

Trump nega guerra com Chicago e afirma que os EUA vão "limpar" suas cidades

Irã aceitaria controle em suas instalações nucleares por suspensão das sanções, diz jornal

Um terço dos municípios noruegueses começa a votar na véspera das eleições legislativas