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Garotinho volta a ameaçar Planalto contra CPI

Desta vez, Garotinho quer que a Câmara vote a chamada "PEC 300", que cria um piso salarial para policiais civis e militares

Garotinho demonstra que o Palácio do Planalto está refém da base aliada no Congresso (Antonio Cruz/ABr)

Garotinho demonstra que o Palácio do Planalto está refém da base aliada no Congresso (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2011 às 23h18.

Brasília - Uma semana depois de pressionar o governo e conseguir suspender a distribuição de um kit nas escolas contra homofobia, o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ) voltou hoje a ameaçar o Palácio do Planalto com a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o crescimento do patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Desta vez, Garotinho quer que a Câmara vote a chamada "PEC 300", que cria um piso salarial para policiais civis e militares.

"O momento político é esse. Temos uma pedra preciosa, um diamante que custa R$ 20 milhões, que se chama Antonio Palocci", afirmou Garotinho, durante a instalação da Frente Parlamentar de Defesa da PEC 300. "A bancada evangélica pressionou e o governo retirou o kit gay. Vamos ver agora quem é da bancada da polícia. Ou vota, ou o Palocci vem aqui", sentenciou.

Com esta declaração, Garotinho demonstra que o Palácio do Planalto está refém da base aliada no Congresso. A oposição tenta obter assinaturas para abertura de uma CPI para investigar Palocci. São necessárias, no entanto, 171 assinaturas. Os oposicionistas contam com pouco mais de 100 adesões. A CPI só tem chances de sair do papel com o apoio de aliados, como Garotinho.

Para o ex-governador do Rio, Palocci deve uma explicação à sociedade sobre o aumento em 20 vezes de seu patrimônio. Apesar da ameaça ao governo, Garotinho afirmou que só assinará o pedido de CPI depois que o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, se pronunciar sobre o episódio.

Aprovada em primeiro turno em março de 2010, a PEC 300 está parada desde então à espera de votação em segundo turno. Os policiais pressionam para que proposta seja votada. A maioria dos governadores é, no entanto, contra a emenda constitucional que, segundo eles, irá provocar rombo nas contas estaduais.

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