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Governo argentino anuncia processo para privatizar parcialmente suas três usinas nucleares

Objetivo de Milei é vender 44% das ações da empresa por meio de um processo de licitação pública nacional e internacional

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 16 de setembro de 2025 às 18h33.

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O governo de Javier Milei anunciou nesta terça-feira, 16, que lançará um processo de licitação internacional para privatizar parcialmente a empresa Nucleoeléctrica Argentina, que opera as três usinas nucleares no país.

De acordo com o Ministério da Energia, o objetivo do presidente argentino é vender 44% das ações da empresa por meio de um processo de licitação pública nacional e internacional.

O governo manterá 51% do capital e, com isso, o controle acionário da empresa. Além disso, será organizado um programa de propriedade conjunta de até 5% do capital social da empresa, permitindo a inclusão dos 2.989 funcionários da empresa no esquema de participação acionária.

"A incorporação de investimentos privados é fundamental para ampliar o acesso ao capital, diversificar os riscos e garantir a continuidade das operações (das usinas nucleares) de forma eficiente e competitiva", afirmou o Ministério da Energia.

A Nucleoeléctrica Argentina foi incluída na lista de empresas a serem privatizadas pela lei "Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos", uma lei abrangente sobre desregulamentação econômica e ajustes estatais aprovada pelo Congresso em junho de 2024.

A empresa é responsável pela operação das três usinas nucleares em operação na Argentina: Atucha I, Atucha II e Embalse. Também é responsável pela comercialização da energia produzida por essas usinas no Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MEM) e pela gestão das obras para garantir o funcionamento normal das usinas, bem como por quaisquer projetos que visem à eventual construção de futuras usinas nucleares na Argentina.

A capacidade instalada total das três usinas nucleares é de 1.763 megawatts.

De acordo com a Secretaria de Energia, o influxo de capital privado na empresa "permitirá que ela garanta o financiamento necessário para projetos estratégicos, como a extensão da usina nuclear de Atucha I, que deverá retornar ao mercado em 2027, e o projeto de Armazenamento Seco de Conjuntos de Combustível Irradiado II (ASECG II)".

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