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Governo da Catalunha ameaça usar força para conter protestos

Seis pessoas foram detidas durante os protestos e 14 tiveram ferimentos leves, informou uma fonte policial

Cerca de mil manifestantes se reuniram nessa terça-feira no centro de Madri, respondendo às convocações feitas através das redes sociais (AFP / Dominique Faget)

Cerca de mil manifestantes se reuniram nessa terça-feira no centro de Madri, respondendo às convocações feitas através das redes sociais (AFP / Dominique Faget)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 23h24.

Barcelona - A aprovação do Orçamento da Catalunha, a região mais rica da Espanha, começou com um abalo na quarta-feira, quando milhares de manifestantes bloquearam o acesso ao Parlamento regional e o governo advertiu para o possível uso da força para dispersar o protesto.

O chefe do governo catalão, Artur Mas, foi levado ao Parlamento em helicóptero da polícia depois de um grupo de pessoas, em sua maioria jovens, ter bloqueado a entrada principal, protestando contra um orçamento que pretende reduzir em 10 por cento os gastos públicos na região.

O início da discussão do orçamento foi atrasado para dar aos políticos mais tempo de chegar ao recinto. Cerca de 2.000 manifestantes gritaram "Sem-vergonhas!" e "Vocês não nos representam!", enquanto cercavam políticos, em meio à forte presença policial.

Foram lançados ovos e água, mas sem atingí-los, segundo um fotógrafo da Reuters.

"Uma coisa é a discrepância legítima, que se pode expressar livremente, e outra é atuar com violência", disse Mas depois de anunciar que os policiais poderiam fazer "uso legítimo da força" para garantir a integridade dos deputados.

O presidente da Generalitat pediu ao povo catalão "compreensão".

A sessão da tarde aconteceu sem incidentes e os parlamentares conseguiram deixar o local por diferentes portas, a pé escoltados ou em carros oficiais já no início da noite.

Seis pessoas foram detidas durante os protestos e 14 tiveram ferimentos leves, informou uma fonte policial. De acordo com a mídia, mais de 15 manifestantes também teriam sido feridos.

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