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Governo da Venezuela diz que greve fracassou

Além disso, o vice-presidente classificou de "irresponsável" a convocação da oposição porque o país "precisa de trabalho"

Greve: o ministro do Trabalho, Oswaldo Vera, disse que a greve foi o "fracasso de uma tentativa de golpe de Estado" (Christian Veron/Reuters)

Greve: o ministro do Trabalho, Oswaldo Vera, disse que a greve foi o "fracasso de uma tentativa de golpe de Estado" (Christian Veron/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de outubro de 2016 às 21h43.

Caracas - O vice-presidente da Venezuela, Aristóbulo Istúriz, disse nesta sexta-feira que a greve geral convocada pela oposição foi um "contundente fracasso" e garantiu que todas as empresas e lojas do país estão funcionando normalmente.

"O povo disse não à greve. A greve convocada pela oposição foi um contundente fracasso. Todos os setores da economia estão trabalhando", disse o vice-presidente à emissora estatal "VTV".

"Podemos ver a indústria petroleira desenvolvendo seu trabalho, os bancos, os bancos públicos, as financeiras, o comércio, as empresas básicas, a pequena e a média indústria, o transporte, a educação, a saúde. Todas as empresas estão trabalhando", destacou.

Além disso, o vice-presidente classificou de "irresponsável" a convocação da oposição porque o país "precisa de trabalho".

"Aqui ninguém parou. Neste país, todos estão trabalhando, todas as instituições. Nós podemos afirmar com muito orgulho e alegria que na Venezuela venceu a paz. Este país quer paz, não confronto", completou Istúriz.

O ministro do Trabalho, Oswaldo Vera, disse que a greve foi o "fracasso de uma tentativa de golpe de Estado de parte da direita venezuelana" e garantiu que todos os relatórios recebidos pelo governo indicam que o país opera "na total normalidade".

A oposição venezuelana reunida na Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou na última quarta-feira uma greve geral de 12 horas como parte das ações de protesto empreendidas pela suspensão do processo para ativar um referendo para tirar Maduro do poder.

O presidente alertou ontem que o governo venezuelano faria uma inspeção nas empresas do setor agroindustrial e farmacêutico do país. Aquelas que aderissem à greve geral convocada pela oposição seriam "recuperadas pela classe operária".

"Empresa parada, empresa recuperada pela classe operária. Não vou hesitar, nem vou aceitar nenhum tipo de conspiração", disse Maduro.

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