Agência de Notícias
Publicado em 26 de agosto de 2025 às 14h52.
O governo dos Estados Unidos não descarta a possibilidade de assumir uma participação em grandes empresas de armamentos, como a Lockheed Martin, já que a maioria das vendas desta última depende de contratos federais, informou nesta terça-feira o secretário de Comércio, Howard Lutnick.
Em entrevista à emissora "CNBC", Lutnick admitiu que "há uma enorme quantidade de discussões sobre defesa" em relação a uma possível entrada do governo como acionista, semelhante ao que ele fez com a Intel (onde assumiu uma participação de 10%).
Lutnick argumentou que um movimento semelhante no setor de defesa poderia ser visto no exemplo da Lockheed, quando descreveu a empresa como "basicamente uma arma do governo dos EUA", em referência aos contratos multimilionários que a companhia assina todos os anos com o Pentágono.
"E quais são as (consequências) econômicas disso? Vou deixar isso para o entendimento do meu secretário de Defesa e do secretário adjunto de Defesa. Esses caras estão trabalhando nisso, estão pensando nisso", comentou.
Lockheed Martin é a maior empresa de armas e defesa do mundo e, nos EUA, também se destacam RTX, Northrop Grumman, General Dynamics e Boeing.
O anúncio do presidente Donald Trump, na última sexta-feira, de que seu governo se tornaria acionista da Intel gerou inúmeras críticas, também no setor financeiro, pelo que entende como um perigoso intervencionismo governamental contrário às teses do livre mercado que regem a economia americana.