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Guerrilheiro mais procurado da Colômbia afirma que não vai se render

Mordisco comanda o EMC, formado por rebeldes que se afastaram do acordo de paz assinado em 2016 entre o governo e a guerrilha das Farc

"Se você desejar, acabe com o restante da minha família. Não acredito na Justiça colombiana, mas confio na justiça revolucionária (...) e o de agora será um motivo a mais para lutar pelas mudanças estruturais no país", declarou Mordisco (EFE)

"Se você desejar, acabe com o restante da minha família. Não acredito na Justiça colombiana, mas confio na justiça revolucionária (...) e o de agora será um motivo a mais para lutar pelas mudanças estruturais no país", declarou Mordisco (EFE)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 24 de agosto de 2025 às 08h41.

Última atualização em 24 de agosto de 2025 às 08h47.

O líder guerrilheiro mais procurado da Colômbia, Iván Mordisco, afirmou neste sábado que não vai se render, apesar da prisão de seu irmão, também rebelde, nos arredores de Bogotá.

Mordisco comanda o EMC, formado por rebeldes que se afastaram do acordo de paz assinado em 2016 entre o governo e a guerrilha das Farc. O presidente Gustavo Petro o compara ao barão da cocaína Pablo Escobar.

No governo do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), "desapareceram com uma irmã minha e não me rendi", lembrou Mordisco, que está em rota de fuga pela Amazônia, segundo autoridades, após ser ferido em uma operação.

Petro, primeiro presidente de esquerda da Colômbia, anunciou ontem a captura de Mono Luis, irmão de Mordisco e responsável por "atividades de narcotráfico, finanças ilícitas e logísticas" do EMC.

"Se você desejar, acabe com o restante da minha família. Não acredito na Justiça colombiana, mas confio na justiça revolucionária (...) e o de agora será um motivo a mais para lutar pelas mudanças estruturais no país", declarou Mordisco em comunicado divulgado em redes sociais, no qual responsabilizou Petro pelo destino de seus familiares.

Uma das frentes do EMC é apontada como responsável por um ataque com caminhão-bomba que matou 6 civis e feriu mais de 60 pessoas na última quinta-feira em Cali.

Os dissidentes aumentaram sua pressão contra a força pública desde que Mordisco abandonou as negociações de paz com o governo Petro, em 2024, após um ano de aproximação.

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