Agência de Notícias
Publicado em 7 de agosto de 2025 às 17h29.
O grupo islâmico palestino Hamas advertiu nesta quinta-feira, em comunicado ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que expandir a atual ofensiva na Faixa de Gaza “não será fácil” e que isso lhe custará “um preço alto”, com mais baixas entre os militares israelenses.
O comunicado do grupo palestino foi divulgado depois que Netanyahu, em entrevista à rede americana "Fox horas" antes do início da reunião do gabinete de segurança que decide sobre a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, confirmou que tem a intenção de ocupar todo o território palestino, embora tenha dito que não quer governá-lo.
“O que o criminoso de guerra Netanyahu planeja é continuar a estratégia de genocídio e deslocamento, cometendo mais crimes contra nosso povo palestino na Faixa de Gaza”, diz o comunicado.
Além disso, para o Hamas, o anúncio de Netanyahu, no qual ele também disse que o governo da Faixa de Gaza ficará a cargo de “forças árabes” sem a presença do Hamas, “representa uma clara mudança de rumo nas negociações” para chegar a um acordo de cessar-fogo.
“Os planos de Netanyahu de expandir a agressão confirmam, sem sombra de dúvida, que ele quer se livrar de seus prisioneiros (em alusão aos reféns) e sacrificá-los para servir aos seus interesses pessoais e agendas ideológicas extremistas. Afirmamos que Gaza continuará resistente à ocupação e às tentativas de impor uma tutela”, afirmou o grupo palestino.
O plano de ocupação total da Faixa de Gaza precisa ser validado pelo gabinete de segurança, órgão que gerencia a ofensiva.