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Homenagem a Pinochet deixa 16 feridos e provoca 25 prisões

Simpatizantes do ex-ditador conseguiram promover uma cerimômia em sua homenagem, apesar das manifestações que pediam a proibição da solenidade

Augusto Pinochet foi responsável por um dos governos mais autoritários e violentos da América Latina (David Lillo/AFP)

Augusto Pinochet foi responsável por um dos governos mais autoritários e violentos da América Latina (David Lillo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2012 às 07h21.

Brasília – A homenagem ao ex-presidente do Chile Augusto Pinochet (1973-1990) gerou ontem (10) protestos em Santiago, capital chilena, provocando pelo menos 16 feridos e 25 prisões. Pinochet foi responsável por um dos governos mais autoritários e violentos da América Latina. Porém, simpatizantes do ex-presidente conseguiram promover uma cerimômia em sua homenagem, apesar das manifestações que pediam a proibição da solenidade.

Em meio aos protestos, 14 policiais e dois jornalistas ficaram feridos. Os confrontos ocorreram na área próxima ao Teatro Caupolicán, no centro de Santiago, onde era realizada a homenagem. No local, havia cerca de 2 mil participantes que assistiram a um documentário sobre Pinochet.

Durante a cerimônia, o filho do ex-presidente, Augusto Pinochet Molina, e várias pessoas discursaram. Do lado de fora do teatro, os manifestantes entraram em conflito com a polícia por cerca de três horas, atirando pedras e pedaços de pau. Os policiais reagiram com gás lacrimogêneo e jatos de água na tentativa de dispersar as cerca de 30 mil pessoas que se opunham à homenagem.

Apesar dos protestos, o governo do presidente chileno, Sebastián Piñera, informou que todos têm direito à reunião. No entanto, no Chile, o governo de Pinochet é observado como uma parte triste da memória do país. No governo dele, cerca de 3 mil pessoas foram mortas ou desapareceram e há registros de 37 mil casos de tortura e de prisões ilegais.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa

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