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Irã afirma que 'caminho das negociações' com EUA não está fechado

Secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do país afirmou que as restrições impostas aos mísseis iranianos impedem qualquer negociação

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 2 de setembro de 2025 às 15h02.

Última atualização em 2 de setembro de 2025 às 16h01.

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O secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Larijani, afirmou nesta terça-feira que o caminho das negociações entre o país e os Estados Unidos não está fechado, mas esclareceu que Washington tem exigências que impedem o avanço.

“Na verdade, nós buscamos negociações racionais", disse o político, ao traçar um paralelo com os EUA, que, segundo ele, apenas “falam da boca para fora” e culpam o Irã pela falta de avanços.

“Ao levantar questões irrealizáveis, como as restrições aos mísseis, eles estabelecem um caminho que impede qualquer negociação”, acrescentou.

As palavras de Larijani foram ditas em um momento de fortes tensões entre Irã e Ocidente, depois que Reino Unido, França e Alemanha declararam que vão iniciar o mecanismo de restauração automática das sanções das Nações Unidas em um prazo de 30 dias contra o Irã por causa de seu programa nuclear.

O grupo europeu ofereceu ao Irã a prorrogação do prazo do processo, que termina em 18 de outubro, se o país retomasse a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), suspensa após o conflito de 12 dias com Israel em junho, informasse sobre o paradeiro de 400 kg de urânio enriquecido a 60% e voltasse à mesa de negociações com os EUA.

Até agora, o Irã rejeitou a oferta e acusou EUA e Israel de estarem por trás da tentativa dos países europeus de reimpor as sanções das Nações Unidas contra Teerã devido a seu programa nuclear.

As negociações entre Teerã e Washington estão paralisadas desde o início do conflito entre Israel e Irã em 13 de junho, dois dias antes do que teria sido a sexta rodada de conversas.

Nas cinco rodadas realizadas com a mediação de Omã, não houve avanços. Os EUA queriam que o Irã paralisasse o enriquecimento de urânio e limitasse seu programa de mísseis, duas questões inaceitáveis para o país.

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