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Irã é capaz de obter arma atômica, diz Inteligência dos EUA

EUA e a UE se comprometeram a reduzir sanções econômicas do Irã, se governo do país se comprometer a deter processos de enriquecimento de urânio a 20%


	Usina nuclear iraniana: acordo preliminar foi alcançado em Genebra, na Suíça, em novembro do ano passado, com o chamado P5+1
 (Reuters)

Usina nuclear iraniana: acordo preliminar foi alcançado em Genebra, na Suíça, em novembro do ano passado, com o chamado P5+1 (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 18h16.

Washington - O diretor da Inteligência Nacional dos Estados Unidos, James Clapper, disse nesta terça-feira que o Irã tem capacidades científica, técnica e industrial de produzir armamento nuclear se decidirem, embora o detectariam a tempo.

Clapper afirmou nesta terça-feira em uma audiência do Comitê das Forças Armadas do Senado que a transição da tecnologia nuclear civil para militar no Irã é "uma decisão política, não técnica. Sem dúvida têm a experiência agora para fazê-lo se o desejarem".

Os Estados Unidos e a União Europeia se comprometeram a reduzir as sanções econômicas do Irã, se o governo do país se comprometer a deter os processos de enriquecimento de urânio a 20%, abaixo das concentrações necessárias para ogivas nucleares.

O acordo preliminar foi alcançado em Genebra, na Suíça, em novembro do ano passado, com o chamado P5+1, que inclui membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas: Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia, mais a Alemanha.

Clapper também reiterou hoje que o relaxamento das sanções ajudará o processo, e assegurou que seria negativo para os progressos diplomáticos em andamento que o Congresso as tentasse aumentar.

"Mais sanções neste ponto seria contraproducentes. É importante lembrar que os iranianos entendem como operamos e, em minha opinião, a ameaça implícita de mais sanções no futuro é mais que suficiente", disse Clapper.

Quanto à maior ameaça da atualidade para a segurança dos Estados Unidos, Clapper afirmou que a possibilidade de um ciberataque é a mais preocupante, sempre e quando o Irã não consiga uma bomba nuclear.

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