Agência de Notícias
Publicado em 23 de julho de 2025 às 16h57.
Última atualização em 23 de julho de 2025 às 17h07.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, voltou a ameaçar nesta quarta-feira que "as portas do inferno se abrirão" na Faixa de Gaza se não for alcançado um acordo de trégua que resulte na libertação dos reféns.
De acordo com um comunicado de seu escritório enviado à imprensa nacional, o político acusou o ex-líder do Hamas Yahya Sinwar e seu irmão Mohammed, a quem Israel classificou como seu sucessor, apesar do Hamas nunca ter confirmado, de "arruinar Gaza".
Katz também apontou o que ele chama de novo líder da organização, embora os islâmicos não o tenham anunciado, como responsável por "transformar Gaza em um mar de ruínas".
"Os líderes do Hamas no exterior estão celebrando em palácios e hotéis luxuosos e se recusando a libertar os reféns", afirmou o comunicado, divulgado pelo jornal The Times of Israel: "Se não forem libertados em breve, as portas do inferno se abrirão".
Hamas e Israel seguem negociando indiretamente em Doha um acordo de trégua, embora as conversas não apresentem avanços há semanas. Hoje, a imprensa israelense citou um alto funcionário nacional que assegurou que o Hamas deu uma resposta "decepcionante" à atual proposta sobre a mesa e pediu emendas.
Procurado pela Agência EFE, o grupo islâmico não se pronunciou.
A imprensa israelense afirma que o enviado dos EUA ao Oriente Médio e promotor da atual proposta de trégua que Israel apoia, Steve Witkoff, se reunirá amanhã em Roma com funcionários de Catar e Israel para abordar as negociações.
Sua presença posterior em Doha depende, segundo o The Times of Israel, do avanço das conversações para a trégua.
Em Gaza restam 50 reféns, dos quais Israel estima que 20 ainda estão vivos.
Em termos gerais, a proposta de Witkoff prevê uma trégua inicial de 60 dias na qual dez reféns vivos e 18 mortos seriam libertados. Durante esse período, as partes deverão negociar uma fase seguinte que implicaria o fim da guerra e, caso não consigam, a trégua se estenderia até que cheguem a um acordo.
O Hamas, no entanto, exige garantias de que a guerra terminará definitivamente. Na última trégua, que entrou em vigor em 19 de janeiro, as negociações da segunda fase — que também envolvia o fim da ofensiva — não avançaram e ficaram em um impasse até que Israel rompeu o cessar-fogo em 18 de março.