Agência de Notícias
Publicado em 13 de agosto de 2025 às 16h57.
Última atualização em 13 de agosto de 2025 às 17h21.
O chefe do Estado-Maior de Israel, Eyal Zamir, afirma nesta quarta-feira que as Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram cerca de 600 ataques aéreos contra o Líbano e matou 240 supostos membros do Hezbollah desde que o cessar-fogo entrou em vigor no país, em 27 de novembro de 2024.
"Os resultados não têm precedentes: desde os acordos de cessar-fogo, mais de 240 terroristas foram eliminados e aproximadamente 600 ataques aéreos foram realizados", disse Zamir em uma visita a uma das posições que Israel ocupa desde o cessar-fogo no sul do país vizinho.
O chefe das FDI garantiu que Israel aplica "um novo conceito estratégico" que classificou como "proativo" ao atacar países vizinhos como o Líbano, depois de detectar possíveis ameaças neles.
Com esta abordagem, as Forças Armadas israelenses mataram ao menos 240 pessoas, que identificaram como milicianos do Hezbollah, em diferentes ataques em todo o país.
As forças israelenses alegaram que seus alvos tentavam reconstruir as infraestruturas do grupo xiita no Líbano.
Além disso, justificou a possibilidade de bombardear o país vizinho por meio do acordo de cessar-fogo, que, segundo ele, é salvaguardado ao evitar um rearmamento do Hezbollah.
"Nossa função é configurar nossa segurança nacional como considerarmos apropriado", acrescentou.
Zamir defendeu sua presença no Líbano depois de ter aprovado na manhã de hoje os planos de expansão da ofensiva em Gaza. "Ao mesmo tempo, operamos na Síria, no Iêmen, na Judeia e Samaria [como Israel se refere ao território palestino da Cisjordânia] e monitorando os acontecimentos no Irã", acrescentou.
Israel e Hezbollah concordaram com um cessar-fogo no Líbano, a ser supervisionado pelo governo deste país, que entrou em vigor em 27 de novembro de 2024, após uma escalada dos bombardeios das FDI contra o país no final de setembro do ano passado.
Desde 7 de outubro, a fronteira entre os dois países se tornou o cenário de uma troca diária de projéteis, depois que o grupo xiita começou a atacar Israel em solidariedade ao povo de Gaza.
Quando o cessar-fogo entrou em vigor, mais de 3,8 mil pessoas haviam morrido no Líbano desde 7 de outubro (a maioria, cerca de 3,1 mil, quando Israel intensificou seus bombardeios em setembro de 2024), enquanto os projéteis do Hezbollah mataram 78 pessoas em território israelense.