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Israel mata 80 pessoas em Gaza antes de ajudar nas negociações para uma trégua no Catar

O ministério detalhou que entre os mortos e feridos há também civis atingidos quando tentavam pegar produtos da ajuda humanitária, resultando em oito mortos e mais de 40 feridos no sábado

Com esses números, o total de vítimas humanitárias que chegaram aos hospitais desde o início do conflito chega a 751 mortos e mais de 4.931 feridos, conforme dados do ministério de Gaza (Zain Jaafar/AFP)

Com esses números, o total de vítimas humanitárias que chegaram aos hospitais desde o início do conflito chega a 751 mortos e mais de 4.931 feridos, conforme dados do ministério de Gaza (Zain Jaafar/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 6 de julho de 2025 às 10h43.

Pelo menos 80 pessoas morreram e outras 304 ficaram feridas neste sábado, 5, em novos bombardeios israelenses sobre a Faixa de Gaza, segundo informou o Ministério da Saúde do enclave, um dia antes da viagem de uma delegação israelense ao Catar, neste domingo, 6, para retomar as negociações sobre um possível cessar-fogo.

“Várias vítimas permanecem sob os escombros e nas ruas, sem que possam ser socorridas por ambulâncias ou pelas equipes de defesa civil”, acrescentaram as autoridades de saúde, controladas pelo grupo islâmico Hamas, em um comunicado publicado neste domingo.

O ministério detalhou que entre os mortos e feridos há também civis atingidos quando tentavam pegar produtos da ajuda humanitária, resultando em oito mortos e mais de 40 feridos no sábado.

Com esses números, o total de vítimas humanitárias que chegaram aos hospitais desde o início do conflito chega a 751 mortos e mais de 4.931 feridos, conforme dados do ministério de Gaza.

De forma geral, o número total de vítimas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023 chega a 57.418 mortos e 136.261 feridos, segundo os dados oficiais do Ministério da Saúde.

Enquanto isso, o Exército israelense informou, em vários comunicados, que suas forças realizaram, nos últimos dias, ataques contra infraestruturas militares no norte do enclave, incluindo a Cidade de Gaza, onde afirmaram ter abatido vários combatentes e destruído postos de observação utilizados pelas milícias palestinas.

Esses bombardeios ocorreram nos dias que antecedem a viagem da delegação israelense ao Catar, país mediador, com o objetivo de participar das negociações por um possível cessar-fogo na Faixa de Gaza.

O esforço diplomático continua, apesar de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ter classificado neste sábado como “inaceitáveis” as alterações feitas pelo Hamas no rascunho de acordo apresentado pelos Estados Unidos.

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