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Israel testa trem de alta velocidade que atravessa a Palestina

O trajeto foi percorrido em 28 minutos, tempo que reduz em mais de dois terços as cerca de duas horas a viagem entre as duas cidades em horário de pico

Trem: o projeto foi iniciado em 2001 e calcula-se que terá um custo final de US$ 1,8 bilhão (Uriel Sinai/Getty Images)

Trem: o projeto foi iniciado em 2001 e calcula-se que terá um custo final de US$ 1,8 bilhão (Uriel Sinai/Getty Images)

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EFE

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 11h14.

Jerusalém - Israel fez o primeiro teste do trem de alta velocidade que conectará as cidades de Jerusalém e Tel Aviv, e que atravessa uma pequena parte do território palestino ocupado da Cisjordânia, informou nesta segunda-feira a imprensa israelense.

O trajeto foi percorrido ontem com sucesso em 28 minutos, segundo o jornal "Jerusalem Post", tempo que reduz em mais de dois terços as cerca de duas horas a viagem entre as duas cidades em horário de pico.

"O trem de alta velocidade garantirá o status de Jerusalém e a possibilidade de as pessoas que vivem ali abrirem negócios. Mudará totalmente a relação entre Jerusalém e o resto do país", disse o ministro de Transporte, Israel Katz.

O projeto foi iniciado em 2001 e calcula-se que terá um custo final de US$ 1,8 bilhão, informou o portal de notícias "Times of Israel".

Para o trajeto, foram criados 38 quilômetros de ferrovia, um terminal subterrâneo em Jerusalém, cinco túneis e dez pontes. A viagem terá paradas no aeroporto internacional de Ben Gurion e na cidade de Modi'in.

O projeto recebeu críticas da esquerda israelense e dos palestinos por cruzar em dois pontos a Linha Verde e ocupar território palestino na Cisjordânia: em sua passagem pela cidade de Latrun e perto de Mevaseret Zion, próxima a Jerusalém.

Segundo o jornal "Haaretz, no total o trem percorre seis quilômetros em território ocupado, a maioria por túneis subterrâneos.

A empresa alemã Deutxche Bahn, que assessorava nesta questão a Israel Railways (estatal que opera os trens do país), encerrou sua colaboração com a mesma por este motivo e uma visita de diplomatas ao projeto foi cancelada recentemente, em rejeição ao trecho na Cisjordânia, informou o "Haaretz".

De fato, em 2004, o então procurador-geral, Menachem Mazuz, ordenou a paralisação da obra após o Tribunal Supremo indicar que a rota deveria ser alterada porque violava os direitos dos palestinos, mas o projeto finalmente foi autorizado e espera-se que esteja terminado e entre em funcionamento em abril de 2018. EFE

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