Shigeru Ishiba, o recém-eleito líder do partido governante do Japão, o Partido Liberal Democrático (LDP), posa no escritório do líder do partido após a eleição da liderança do LDP, em Tóquio, Japão, em 27 de setembro de 2024. O ex-ministro da defesa Shigeru Ishiba se tornará o próximo primeiro-ministro do Japão após vencer a votação da liderança do partido governante em 27 de setembro de 2024, mostrou a contagem oficial (KIM KYUNG-HOON/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 13 de junho de 2025 às 21h27.
O principal negociador comercial do Japão, Ryosei Akazawa, disse que buscou a possibilidade de um acordo comercial com seus homólogos dos Estados Unidos por meio de discussões detalhadas em Washington, sem, no entanto, dar qualquer pista sobre se os líderes das duas nações poderão anunciar um acordo em uma cúpula prevista para os próximos dias.
Akazawa se reuniu com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, por 70 minutos, e com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, por 45 minutos, em Washington, nesta sexta-feira, poucas horas depois de o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, ter conversado por telefone com o presidente Donald Trump sobre tarifas.
“Para alcançar um acordo que seja mutuamente benéfico, tivemos discussões muito aprofundadas com os dois ministros e exploramos a possibilidade de chegar a um entendimento”, disse Akazawa a repórteres após a sexta rodada de negociações comerciais. “Aprofundamos ainda mais as discussões sobre questões como a expansão do comércio bilateral, medidas não tarifárias e cooperação em segurança econômica.”
Akazawa recusou-se a dizer se há um caminho claro rumo a um acordo ou a comentar se Ishiba e Trump poderão anunciar um pacto paralelamente à reunião do Grupo dos Sete, que começa no domingo no Canadá. Akazawa disse que pode acompanhar o primeiro-ministro ao Canadá.
A administração Trump impôs uma tarifa de 25% sobre carros e autopeças importados, além de uma taxa de 50% sobre aço e alumínio. Um imposto geral de 10% sobre outros produtos japoneses aumentará para 24% em 9 de julho, caso não haja um acordo.