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Jimmy Kimmel retorna à ABC e critica os ataques de Trump à liberdade de expressão: 'Antiamericanos'

Antes de o programa ir ao ar, Trump insinuou em uma postagem em sua rede social que poderia agir contra a emissora do apresentador

Agência o Globo
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Publicado em 24 de setembro de 2025 às 12h34.

O apresentador Jimmy Kimmel voltou ao seu palco noturno na noite dessa terça-feira e pediu aos espectadores que enfrentassem as ameaças do presidente Trump. Antes de seu retorno, Trump publicou uma nova postagem contra a rede de Kimmel, a ABC.

Em um monólogo eloquente, Kimmel criticou os esforços "antiamericanos" para restringir a liberdade de expressão nos Estados Unidos. Ele deixou claro que não moderará suas críticas ao presidente, mesmo após uma suspensão de quase uma semana de seu programa devido à pressão do governo Trump.

"Este show não é importante", disse Kimmel aos telespectadores. "O importante é que vivemos em um país que nos permite ter um show como este."

Reflexões sobre liberdade de expressão no mundo

Kimmel compartilhou experiências com comediantes de países onde as pessoas "são jogadas na prisão por zombar dos que estão no poder e coisas piores".

Ele destacou como a liberdade de expressão nos Estados Unidos é admirada globalmente e disse que só percebeu o quanto essa liberdade é valiosa depois que seu amigo Stephen Colbert foi retirado do ar e ele próprio foi ameaçado de ter seu programa cancelado.

O comediante previu que a ABC e sua controladora Disney estariam sob mais escrutínio do governo Trump por restabelecer o programa "Jimmy Kimmel Live!", após o presidente afirmar erroneamente que Kimmel havia sido "demitido". Kimmel criticou Trump por torcer abertamente pela perda de empregos de seus funcionários por conta de uma piada.

O papel da mídia na liberdade de expressão

Kimmel também fez referência a outros apresentadores, como Jimmy Fallon, dizendo: "Espero que, se isso acontecer, ou se houver qualquer indício de que isso aconteça, vocês sejam dez vezes mais barulhentos do que foram esta semana". Ele conclamou o público a se manifestar contra ataques à liberdade de expressão.

Ao subir ao palco, Kimmel recebeu uma ovação de pé de vários minutos. Visivelmente emocionado, ele agradeceu àqueles que o apoiaram, inclusive aqueles que não compartilham de suas crenças, mas que defendem seu direito de expressá-las.

Esclarecimento sobre comentários polêmicos

Kimmel também abordou os comentários feitos em 15 de setembro sobre o assassino de Charlie Kirk, que levaram à suspensão de seu programa. Ele afirmou que nunca teve a intenção de fazer pouco caso do assassinato de um jovem e pediu desculpas se seus comentários foram interpretados de forma insensível.

A suspensão de Kimmel gerou um boicote popular contra serviços como Disney+ e Hulu, mas o CEO da Disney, Bob Iger, e sua equipe trabalharam para reverter a situação. A Disney, embora tenha repreendido Kimmel em um comunicado, permitiu que o apresentador retornasse ao ar.

Embora tenha expressado descontentamento com a suspensão, Kimmel agradeceu à Disney por permitir que ele continuasse utilizando a plataforma da emissora. Em tom humorístico, ele também fez piadas sobre Trump, respondendo a um comentário do presidente sobre suas "baixas classificações", dizendo: "Bem, eu faço esta noite".

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