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Jordânia alerta EUA sobre declarar Jerusalém capital de Israel

Segundo o ministro de Relações Exteriores da Jordânia, o reconhecimento irá gerar "repercussões perigosas"

Bandeira de Israel: o ministro jordaniano expressou ao secretário de Estado americano a necessidade de preservar o status histórico e legal de Jerusalém (Thomas Coex/AFP)

Bandeira de Israel: o ministro jordaniano expressou ao secretário de Estado americano a necessidade de preservar o status histórico e legal de Jerusalém (Thomas Coex/AFP)

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EFE

Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 10h25.

Amã - O ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, afirmou nesta segunda-feira a seu homólogo americano, Rix Tillerson, que o reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel por parte dos Estados Unidos acarretará "repercussões perigosas".

"Qualquer decisão que reconheça Jerusalém como a capital de Israel acarretará repercussões perigosas devido à alta estima que Jerusalém têm não só para palestinos e jordanianos, mas também para mundo árabe e o muçulmano", disse Safadi, citado pela agência oficial jordaniana "Petra".

Segundo a agência, o ministro jordaniano expressou ao secretário de Estado americano a necessidade de preservar o status histórico e legal de Jerusalém e "evitar tomar qualquer decisão que poderia mudar tal status".

Em uma conversa por telefone, Safadi acrescentou a Tillerson que um passo assim "afetaria negativamente os esforços dos Estados Unidos de conseguir a paz entre palestinos e israelenses e provocaria uma maior tensão na região".

A conversa entre ambos ministros acontece depois que na última sexta-feira vários meios de comunicação americanos informaram que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cogita reconhecer Jerusalém como capital de Israel, um gesto que a maioria da comunidade internacional rejeita.

Segundo a "Petra", o chefe da diplomacia jordaniana tem se dirigido à Liga Árabe e à Organização para a Cooperação Islâmica para pedir que os ministros de Exteriores dos países de ambas organizações mantenham contatos para discutir uma possível resposta caso Washington finalmente reconheça Jerusalém como a capital israelense.

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