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Le Pen pode perder imunidade parlamentar por tuítes sobre o EI

Uma investigação foi aberta em 2015 depois que a presidente da Frente Nacional divulgou, em seu Twitter, imagens das atrocidades cometidas pelo EI

Marine Le Pen: o Parlamento Europeu tem de se pronunciar sobre o caso nesta quinta-feira (2) (Jacky Naegelen/Reuters)

Marine Le Pen: o Parlamento Europeu tem de se pronunciar sobre o caso nesta quinta-feira (2) (Jacky Naegelen/Reuters)

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AFP

Publicado em 1 de março de 2017 às 11h55.

Última atualização em 1 de março de 2017 às 11h56.

Uma comissão do Parlamento Europeu abriu, nesta terça-feira (28), o caminho para que a líder da extrema direita francesa Marine Le Pen perca sua imunidade parlamentar pelas imagens do Estado Islâmico (EI) divulgadas por ela no Twitter.

A Procuradoria francesa abriu uma investigação em dezembro de 2015, depois que a presidente da Frente Nacional divulgou em seu Twitter imagens das atrocidades cometidas pelo EI, incluindo a foto do corpo decapitado do jornalista americano James Foley.

Nas três imagens divulgadas por ela no Twitter, sob o título de "Isso é Daesh!" (acrônimo do EI em árabe), podia-se ver um homem com um uniforme laranja debaixo de um tanque, um homem vestido da mesma maneira ardendo em uma jaula e o corpo de um homem decapitado.

Os membros da Comissão dos Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu votaram, nesta terça, a favor de suspender a imunidade de Le Pen, como reivindicava a Justiça francesa, informaram fontes oficiais à AFP.

O Parlamento Europeu tem de se pronunciar sobre o caso nesta quinta-feira (2). Em geral, as decisões da comissão são apoiadas pela Assembleia.

Protegida por sua imunidade de eurodeputada, Le Pen se negou a prestar declaração na Polícia, na última sexta (24), por um caso de empregos fantasmas no Parlamento Europeu.

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