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Líder da oposição que derrubou Morales quer eleições em 19 de janeiro

O Congresso precisa escolher os novos membros do TSE antes da convocação de novas eleições

Bolívia: "Necessitamos garantir ao povo boliviano um processo eleitoral limpo", afirmou Camacho (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Bolívia: "Necessitamos garantir ao povo boliviano um processo eleitoral limpo", afirmou Camacho (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de novembro de 2019 às 10h23.

O líder civil de direita Luis Fernando Camacho, que propiciou a queda de Evo Morales, defendeu nesta segunda-feira a realização de eleições na Bolívia no dia 19 de janeiro, e deu um prazo "até a quinta-feira" para que o governo interino convoque a votação.

Camacho pediu respeito à Constituição e à decisão dos cidadãos de "ter um processo eleitoral até 19 de janeiro de 2020 (...), dando um prazo até a quinta-feira para que possamos ter um tribunal eleitoral que reflita o sentimento do povo boliviano".

"Necessitamos garantir ao povo boliviano um processo eleitoral limpo e transparente, mas principalmente imediato (...), em 19 de janeiro".

A exigência de Camacho e de outros líderes civis coincide com gestões da Igreja católica para aproximar posições entre os partidos políticos e atores sociais visando novas eleições.

Monsenhor Eugenio Scarpellini, membro da Conferência Episcopal, declarou na noite desta segunda-feira que a reunião multipartidária visando um novo processo eleitoral obteve progressos.

"Acredito que há vontade de avançar, os acordos estão se formando", declarou Scarpellini à rede de televisão CNN.

Morales tentou a reeleição em 20 de outubro, mas a oposição denunciou fraude - o que em parte foi avalizado por denúncias de irregularidades da OEA -, dando origem a uma crise que repercutiu nas ruas, levando-o a renunciar, após perder o apoio dos militares e da Polícia.

Desde então, a Bolívia ficou rachada e em um mês de protestos, somam-se 23 mortos. Morales, asilado no México, se considera vítima de um golpe de Estado e sua sucessora prometeu pacificar o país e convocar eleições.

O ex-presidente está asilado no México, enquanto seus seguidores protestam diariamente nas ruas da Bolívia para exigir a renúncia da presidente interina Jeanine Áñez.

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