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Líder do PMDB eleva tom e cobra respeito ao Parlamento

Henrique Eduardo Alves, do PMDB do Rio Grande do Norte, cobrou "clareza, franqueza e respeito ao Parlamento"

Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB na Câmara, espera a indicação de Mendes Ribeiro (Renato Araújo/ABr)

Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB na Câmara, espera a indicação de Mendes Ribeiro (Renato Araújo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 17h31.

Brasília - O clima entre base aliada e governo deve continuar tenso nesta semana, indicou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), em declarações nesta segunda-feira. Ele disse que haverá "manifestações" para que os congressistas sejam respeitados.

"A falta de uma clareza, de uma franqueza, de um respeito ao Parlamento pode criar insatisfações graves", afirmou o peemedebista a jornalistas após cerimônia no Palácio do Planalto.

Na semana passada uma rebelião entre os aliados, motivada por reclamações contra a falta de liberação de emendas parlamentares e de diálogo da presidente Dilma Rousseff com os partidos da coalizão, impediu a votação de matérias do interesse do governo na Câmara.

A rebelião ganhou mais força com os movimentos do Partido da República (PR), que tem indicado intenção de sair da base.

Sem entrar em detalhes, o líder do PMDB disse que as "manifestações" serão feitas "até que o Parlamento tenha o respeito que nós queremos". Apesar do discurso duro, entretanto, ele garantiu que o governo não corre riscos de perder em votações "fundamentais para o país", como a da prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU).

A DRU é um mecanismo que permite ao governo usar livremente 20 por cento de sua receita da forma que julgar mais adequada. O mecanismo vence no fim deste ano.

Alves cobrou do Executivo a divulgação imediata de um calendário prevendo a liberação de emendas parlamentares para "a descontração" da relação entre Legislativo e Executivo.

"A gente quer a execução da lei orçamentária que nós aprovamos no Congresso Nacional. Não é concessão do governo, não é regalia de parlamentar. É lei", argumentou.

No começo do ano, o Executivo anunciou um corte de 50 bilhões de reais, e a maior parte dos recursos cortados era proveniente de emendas parlamentares, cerca de 18 bilhões de reais.

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