O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que a presidência brasileira pro-tempore no Mercosul, que se inicia ao fim da atual cúpula realizada em Buenos Aires, será uma oportunidade para a região refletir sobre o lugar que pretende ocupar no mundo, em meio às turbulências enfrentadas pela comunidade internacional.

— A presidência brasileira representará uma oportunidade para refletir sobre o lugar que desejamos ocupar no novo tabuleiro global — afirmou Lula em seu discurso aos demais presidentes da região.

Prioridades para os próximos seis meses

O presidente elencou cinco prioridades a serem confrontadas nos próximos seis meses (tempo que o Brasil terá à frente da presidência rotativa): o fortalecimento comercial do bloco com os parceiros externos; o enfrentamento à mudança climática e a promoção da transição energética; o desenvolvimento tecnológico; o combate ao crime organizado; e a promoção dos direitos dos cidadãos sul-americanos.

Mercosul como fator de estabilidade

Lula classificou o bloco econômico como um fator de estabilidade para os países-membros e associados. Ao mesmo tempo, afirmou que a integração regional, por meio dos acordos comerciais e institucionais dos últimos 30 anos, aumentaram a atratividade da região para possíveis parceiros.

— Quando o mundo se mostra instável e ameaçador, é natural buscar refúgio onde nos sentimos seguros. Para o Brasil, o Mercosul é esse lugar — afirmou o presidente. — Toda a América do Sul se tornou uma área de livre comércio baseada em regras claras e equilibradas. Estar no Mercosul nos protege. Nossa tarifa externa comum nos blinda contra guerras comerciais alheias. Nossa robustez institucional nos credencia perante o mundo como parceiros confiáveis.