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Lula diz que 'Trump poderia ser preso' se invasão do Capitólio tivesse acontecido no Brasil

Presidente reforçou que Judiciário brasileiro é independente e disse que irá retaliar EUA se país aumentar tarifas a produtos brasileiros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião de cúpula do Brics, no Rio de Janeiro (Diego Herculano/Brics Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião de cúpula do Brics, no Rio de Janeiro (Diego Herculano/Brics Brasil)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 10 de julho de 2025 às 15h32.

Última atualização em 10 de julho de 2025 às 15h39.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "poderia ser preso" se a invasão do Capitólio tivesse acontecido no Brasil.

“Eles têm de respeitar o nosso Judiciário como eu respeito o deles. Se o que Trump fez no Capitólio tivesse acontecido aqui, ele estaria sendo processado como o Bolsonaro e poderia até ser preso. Aqui, o Judiciário é autônomo, sobretudo o STF", disse Lula, em entrevista à Record TV, nesta quinta-feira, 10.

Na entrevista, Lula também disse que responderá de forma recíproca se Trump taxar de fato os produtos brasileiros, como anunciou que fará, e que o país deverá levar o tema para julgamento na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Relembre a invasão do Capitólio

Em 2020, Trump perdeu a reeleição para o democrata Joe Biden, mas não reconheceu o resultado das urnas.

Nos meses seguintes após a votação, em novembro, Trump estimulou um movimento para questionar os resultados, que culminaram no dia 6 de janeiro de 2021. Naquele dia, o presidente fez um discurso no jardim da Casa Branca para milhares de apoiadores e os convocou a lutar.

Horas depois, seus apoiadores invadiram o Congresso americano para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden e entraram em confronto com a polícia. O dia terminou com cinco mortes e uma grande depredação das instalações do prédio. Apesar disso, a certificação de Biden foi concluída.

Nos meses seguintes, a Justiça americana processou e prendeu centenas de manifestantes. No entanto, ao voltar ao poder, Trump perdoou os invasores.

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