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Lula no G7: 'Vácuo de liderança agrava quadro de ameaças no mundo'

Discurso ocorreu na sessão ampliada da cúpula, já que o Brasil não integra o G7 — formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-  myung (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Presidente da Coreia do Sul, Lee Jae- myung (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Agência o Globo
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Publicado em 17 de junho de 2025 às 20h57.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na Cúpula do G7 que "o vácuo de liderança" no mundo agrava o quadro de amaça de conflitos globais, como guerra na Ucrânia, o conflito no Oriente Médio.

A fala foi feita durante a sessão ampliada da cúpula, já que o Brasil não integra o G7 — formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão.

"Os recentes ataques de Israel ao Irã ameaçam fazer do Oriente Médio um único campo de batalha, com consequências globais inestimáveis", disse o presidente. "Não subestimo a magnitude da tarefa de debelar todas essas ameaças. Mas é patente que o vácuo de liderança agrava esse quadro".

O discurso do presidente não teve transmissão e foi divulgada uma transcrição de sua fala pelo Palácio do Planalto. Lula também afirmou que conflito na Ucrânia não será resolvido por vias militares. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também participou do evento.

"Todos nesta sala sabem que, no conflito na Ucrânia, nenhum dos lados conseguirá atingir seus objetivos pela via militar. Só o diálogo entre as partes pode conduzir a um cessar-fogo e pavimentar o caminho para uma paz duradoura".

Sobre o conflito em Gaza, Lula afirmou que há "seletividade na defesa do direito e da justiça" e afirmou ser injustificável a "matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças":

"Em Gaza, nada justifica a matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra. Ainda há países ainda que resistem em reconhecer o Estado palestino, o que evidencia sua seletividade na defesa do direito e da justiça".

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