Agência de notícias
Publicado em 4 de setembro de 2025 às 13h17.
Última atualização em 4 de setembro de 2025 às 14h44.
O presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu nesta quinta-feira, 4, que 26 países se comprometeram a participar da segurança da Ucrânia, em caso de um cessar-fogo ou um acordo de paz com a Rússia, ao término de uma cúpula em Paris.
Os líderes europeus reuniram-se com o seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky, para discutir as garantias de segurança que ofereceriam a Kiev quando a guerra com a Rússia terminar, e também conversaram por videoconferência com o americano Donald Trump.
"Vinte e seis países se comprometeram a mobilizar (...) tropas na Ucrânia ou a estar presentes por terra, mar ou ar para fornecer essa segurança ao território ucraniano e à Ucrânia no dia seguinte a um cessar-fogo ou à paz", afirmou Macron.
O "apoio americano" a essas garantias de segurança para a Ucrânia será concluído nos "próximos dias", acrescentou o presidente francês, quem destacou que os Estados Unidos foram "muito claros" a esse respeito.
Emmanuel Macron também disse que os europeus adotariam novas sanções "em contato com os Estados Unidos" caso Moscou continue rejeitando a paz.
Os Estados Unidos foram representados nas conversas pelo enviado especial de Trump, Steve Witkoff, que também se reuniu separadamente com Zelensky.
Diante de um Trump imprevisível e de um presidente russo mais inflexível do que nunca, cujo Exército está ganhando terreno na Ucrânia, os aliados da Ucrânia querem demonstrar que estão determinados a não abandonar Kiev, caso Washington e Moscou cheguem a negociar o fim da guerra, iniciada com a invasão russa da Ucrânia há três anos e meio.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, comemorou o compromisso de 26 países de enviar tropas para a Ucrânia ou estar presentes em terra, mar e ar para garantir a segurança do país após um hipotético cessar-fogo com a Rússia.
"Vinte e seis países concordaram em fornecer garantias de segurança à Ucrânia. Acredito que hoje, pela primeira vez em muito tempo, este é o primeiro passo concreto tão sério", declarou o presidente ucraniano em Paris.