Agência de Notícias
Publicado em 12 de setembro de 2025 às 11h21.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou as bases do chavismo a jornadas de debate neste sábado e domingo, nas quais propôs discutir estratégias de preparação para "passar à luta armada" em caso de agressão dos Estados Unidos, que ordenaram uma mobilização naval no Caribe.
"Eu proponho a este congresso que abramos a comporta, vocês se dirijam às regiões, à base, ao território e sábado e domingo declaremos o Partido Socialista Unido da Venezuela e todas as forças políticas e sociais da revolução em debate", disse Maduro em uma plenária transmitida pela emissora estatal “VTV”.
Durante o evento, o governante mencionou entre os pontos-chave para a discussão "a preparação para passar à luta armada nacional e continental quando for necessário", por conta de “uma agressão imperialista".
"Este partido (...) é obrigado a se preparar estruturalmente para, junto à nação venezuelana, passar à luta armada se fosse necessário", acrescentou.
O líder chavista instou os líderes regionais a preparar seus cidadãos:
"Mais cedo ou mais tarde, vocês, governadores, governadoras, têm que dizer 'presidente (...) no meu estado, todas as comunidades estão prontas para passar à luta armada no momento em que for necessário'", completou.
Nesta quinta-feira, Maduro anunciou o lançamento do Plano Independência 200, no qual participarão a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), os Corpos Combatentes e a Milícia Nacional Bolivariana em 284 frentes de batalha, para garantir "a independência e a paz" do país.
A mobilização ocorre em meio às tensões com Washington, depois que os EUA mobilizaram oito navios militares com mísseis, um submarino nuclear e enviaram dez aviões de combate F-35 para uma base aérea em Porto Rico.
O governo americano acusa Maduro de liderar o Cartel de los Soles, apontado como organização terrorista supostamente ligada ao narcotráfico, aumentando para US$ 50 milhões a recompensa por informações que permitam a captura do líder venezuelano.